O QUE DECIDI SOBRE O NATAL? Josimar Salum
Há uma corrente entre os evangélicos de combate à comemoração do Natal. Alguém uns anos atrás me escreveu: “Nós somos de Jerusalém e não de Roma. Esse Natal não é dos cristãos ... Este altar de enfeite de luzes na cidade que nossas crianças aprendem a admirar, não passa de um altar a um deus pagão.“
Segundo esta corrente evangélica “nesta data de 25 de Dezembro significa que adoramos a um deus pagão, onde o ritual nórdico exigia que eles fossem para as montanhas de madrugada e lá chorassem em sacrifícios. Esperavam os primeiros raios de sol da manhã e entregavam presentes uns aos outros, em adoração, dizendo: “Que você jamais esqueça dos deuses sobre nós. O presente significava eternizar o pacto, trazer a benção dos deuses.”
Quem hoje celebra o Natal achando que está adorando o Sol? Quem, discípulo de Jesus, em sã consciência daria um presente ao seu filho como se estivesse adorando ao Sol?
Não é a intenção do coração que o faz adorador assim como Deus disse que “este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim?”
Há algum mal ou pecado em admirar-se na época de Natal a criatividade das ruas enfeitadas com luzes brancas, vermelhas e azuis e em meio ao calor dos dezembros brasileiros imaginar a neve, olhando para o algodão branco nas árvores e no chão ou de dar e receber presentes sem com isto estar adorando algum deus?
Conheço centenas de casas de amigos e familiares cristãos que enfeitam suas casas com “árvores de Natal”. Por que os julgaria e num arroubo de fanatismo diria que nem árvore deveriam ter porque é um símbolo pagão? Quem fez a árvore não foi o próprio Jesus, o Criador? Como o arcoíris passaria a ser agora um símbolo senão somente da aliança que Deus fez com o homem para não mais destruir com água o que há sobre a Terra?
Há uns 15 anos participei de um concerto de Natal na escola de meu sobrinho Filipe. Todos os alunos, mais de 700, praticamente lotaram o auditório. Uma linda orquestra de violinos, violoncelos e um piano tocaram hinos de Natal que anunciavam a vinda do Salvador Jesus ao mundo. A orquestra composta pelos próprios alunos da escola entoou peças musicais sobre a Alegria de todos os homens.
Em seguida, um coral de adolescentes cantou a respeito do Verbo que se fez carne, do menino que encheu de admiração os presbíteros do templo de Jerusalém pelas respostas que deu a eles.
O coral cantou também sobre o homem de Nazaré, o Filho de Deus, que foi até ao Jordão ser batizado por João.
O coral cantou sobre a voz que ouviram naquele dia: “Tu és Meu Filho Amado em Quem está todo o Meu prazer.”
O coral de adolescentes cantou a oração do jardim, que Jesus fez ao Pai no Getsemâni e da resposta que Lhe deu dizendo que faria a Sua Vontade.
O coral cantou de Sua crucificação e morte, de Seu sepultamento e de que ao terceiro ressucitou.
O coral com suas canções proclamou o Evangelho.
Fico aterrorizado só de pensar que tudo o que está relacionado ao Natal, especialmente e exclusivamente ao que diz respeito ao nascimento de Jesus, a única coisa que ainda resta de menção a Jesus Cristo, no meio desta cultura corrompida e perversa, venha a desaparecer por conta de um movimento de evangélicos para acabar, destruir e eliminar o Natal e as suas festividades.
Fiquei aterrorizado em pensar seriamente que é assim mesmo que acontece na Rússia, em Cuba, na Coréia do Norte, no Vietnan e na China comunistas, nos países muçulmanos, em toda a Índia e seus países vizinhos com seus milhões e milhões de habitantes, e bilhões, enfim, em praticamente toda a Ásia e Oriente. Não existe Natal!
Quando seus milhões e milhões de crianças acordam pela manhã no dia 25 de Dezembro não existe a mínima menção ou mesmo a ínfima possibilidade de alguém perguntar que data é esta tão especial a respeito de um nome Jesus.
Porque a metade do mundo não conhece os paganismos do Natal, é verdade, muito paganismo com o qual não me compactuo; não conhece também a alegria de presentes que se encontram no caminho, que compartilhados hoje não têm nada a ver com a prática dos pagãos de centenas de anos atrás! Mas também eles não podem ouvir a história do Salvador que veio ao mundo, que nasceu em Belém, seja lá que dia foi. Não ouvem sobre o Deus que se fez carne e habitou entre nós, e vimos a Sua Glória como a Glória do Unigênito do Pai.
Só por um arroubo de fanatismo decidiria jamais celebrar com meus familiares e milhões e milhões de cristãos o Natal de Yeshua, sim, o nascimento de Jesus.
Somente por uma leve imaginação deixaria de cantar Seus hinos lindos, do Salvador, do Rei, do Messias que veio ao mundo.
Só numa imaginação passageira, deixaria de perder a oportunidade para proclamar a Mensagem da Cruz e o significado do Nome de Jesus, o Salvador dos pecados de Seu povo, no meio de toda esta comercialização avarenta e de todos os símbolos pagãos que foram associados ao Nascimento do meu Salvador.
Decidiria sim, só como um leve vapor em minha cabeça riscar de vez a única oportunidade de proclamar e redimir a verdadeira mensagem do Evangelho do Reino que ainda resta no meio da cultura.
Quem nasceu em Belém não foi um menino. Quem nasceu em Belém foi o Rei de toda a Terra. E eu O adoro de todo o meu coração e vibro como criança novamente sobre o Natal que para mim e ainda para milhões de pessoas continua e continuará sendo a respeito do Nascimento de Jesus.
#ASONE
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