BEBÊS REBORN — UM SINTOMA DO COLAPSO ESPIRITUAL por Josimar Salum
A palavra reborn significa “renascer”, uma experiência que, à luz das Escrituras, só pode ser verdadeira mediante a ação regeneradora do Espírito Santo no coração humano (João 3:3-7). No entanto, vivemos em dias em que o termo tem sido deturpado e aplicado a objetos inanimados, como bonecas hiper-realistas, conhecidas como bebês reborn, fabricadas com silicone ou borracha para simular crianças reais.
Estamos testemunhando uma geração que rejeita a vida verdadeira e espiritual para abraçar ilusões e simulações. Em vez de amar e cuidar de crianças reais — muitas das quais são descartadas ainda no ventre por meio do aborto —, parte da sociedade tem adotado bebês artificiais como se fossem reais. Isso revela uma dissonância profunda, um tipo de surto psicótico-emocional coletivo, em que o ser humano tenta suavizar as dores do pecado por meio de fantasias reconfortantes, mas espiritualmente enganosas.
O apóstolo Paulo advertiu:
“Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas.” (2 Timóteo 4:3-4)
Vivemos esse tempo.
A busca desenfreada por consolo emocional artificial e estético — como os bebês reborn, que movimentam uma indústria lucrativa — é mais um reflexo de uma geração que prefere um mundo fictício a encarar a verdade do arrependimento. Este modismo, disfarçado de cultura ou terapia, é na verdade uma forma moderna de idolatria: criam-se ídolos de plástico e silicone para suprir emocionalmente o que só Cristo pode preencher.
“Porque trocaram a verdade de Deus pela mentira, e adoraram e serviram a criatura em lugar do Criador, o qual é bendito eternamente. Amém. (Romanos 1:25)
Essa tendência aponta para um afastamento do Criador, em que o ego humano tenta substituir Deus por imagens, sensações e experiências falsas. É um dos sinais evidentes de uma sociedade que se aproxima cada vez mais do colapso espiritual descrito nas Escrituras.
“Nos últimos dias sobrevirão tempos difíceis… os homens serão egoístas, avarentos, jactanciosos, arrogantes, blasfemadores… tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder.”
(2 Timóteo 3:1-5)
Enquanto a cultura promove a romantização da loucura, a falência emocional é tratada como entretenimento. Mas por trás disso há um grito abafado de almas vazias, sedentas por sentido e salvação. A verdade é que nenhum substituto emocional, por mais elaborado que seja, pode preencher o vazio que existe no ser humano separado de Deus.
“Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo…”
(João 10:9)
A única solução para a angústia existencial do homem moderno não é terapia com bonecas, mas novo nascimento em Cristo. A restauração do ser humano só é possível pelo arrependimento, pela fé em Jesus e pelo poder transformador do Espírito Santo.
Precisamos denunciar as obras das trevas e anunciar com ousadia o Evangelho que salva, liberta e transforma. Não há meio-termo entre o faz de conta e a verdade; ou vivemos pela Palavra de Deus ou somos tragados pelas invenções malignas deste século.
“O mundo jaz no maligno.” (1 João 5:19)
Que Deus tenha misericórdia desta geração — e que a Igreja permaneça sóbria, vigilante e fiel, anunciando a verdade que liberta.
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