11 julho 2025

REGENERAÇÃO: RESTAURAÇÃO À ORIGEM E O NASCIMENTO DO ALTO Por Josimar Salum

 

REGENERAÇÃO: RESTAURAÇÃO À ORIGEM E O NASCIMENTO DO ALTO


Por Josimar Salum

11 de julho de 2025


“…pela lavagem da regeneração e da renovação do Espírito Santo.”

— Tito 3:5


A doutrina da regeneração é uma das mais essenciais — e, ao mesmo tempo, uma das mais mal compreendidas — em toda a teologia bíblica. Frequentemente tratada como sinônimo de “nascer de novo”, a regeneração tem sido reduzida a uma linguagem simbólica de nascer uma segunda vez ou repetir um começo. 


No entanto, ao examinarmos cuidadosamente o ensino das Escrituras — especialmente à luz do grego koiné e do grego clássico — descobrimos que a regeneração bíblica é, acima de tudo, um retorno à origem, uma restauração do ser humano ao propósito original de Deus: ser imagem e semelhança do Criador, participante da natureza de Deus.


João 3:3 — Jesus Disse “Nascer de Novo” ou “Nascer do Alto”?


A base para um equívoco doutrinário comum está em João 3:3, onde Jesus conversa com Nicodemos:


“Em verdade, em verdade te digo que, se alguém não nascer do alto (gennēthē anōthen), não pode ver o Reino de Deus.”


A palavra-chave aqui é (aōthen), que significa “do alto”“do céu”, e não palin — “de novo” no sentido de repetição temporal.


Quem interpreta essa expressão como “nascer de novo” está, na verdade, seguindo o mal-entendido de Nicodemos, e não o ensino de Jesus:


“Como pode um homem nascer, sendo velho? Pode, porventura, tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?”

— João 3:4


Jesus não estava falando de repetir o nascimento físico, mas de receber uma origem  do alto, de Deus, pela operação do Espírito.


Palingenesia — O Verdadeiro Significado de Regeneração


A palavra grega usada no Novo Testamento para regeneração é  (palingenesia), e aparece apenas duas vezes:


1. Tito 3:5 — Referindo-se à transformação individual:

“…pela lavagem da regeneração (palingenesia) e da renovação do Espírito Santo.”


2. Mateus 19:28 — Referindo-se à restauração futura da criação:

“Na regeneração, quando o Filho do Homem se assentar no trono da sua glória…”


Etimologicamente:

palin = novamente

genesis = origem, nascimento


Mas o seu significado, tanto no grego clássico quanto no grego koiné, é o de restauração à condição original.


Filósofos estoicos e pitagóricos, bem como autores como Plutarco, usaram palingenesiapara descrever a renovação cíclica do mundo, a restauração da ordem original ou o renascimento espiritual da alma.


Em outras palavras, não se trata de um segundo nascimento temporal, mas de um retorno à origem — ao estado originalmente criado por Deus antes da queda.


A Regeneração nas Escrituras: Restauração da Criação em Cristo


A regeneração não é um conceito simbólico, mas uma obra real e sobrenatural de Deus. Segundo Tito 3:5, ela é uma lavagem espiritual e renovação operada pelo Espírito Santo, não uma melhora moral ou ritual externo.


Essa restauração produz uma transformação completa:


O homem morto em seus pecados (Efésios 2:1) é vivificado por Deus.


Ele recebe um novo coração e um novo espírito (Ezequiel 36:26).


Ele é reconciliado com Deus e recebe uma nova origem.


Ele passa a fazer parte de uma nova existência: a nova criação.


A Bíblia diz:


“Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.”

— Efésios 2:10


Somos criados, não recriados. Somos gerados do alto, uma única vez.


Não Apenas Uma Mudança: Uma Nova Criação


2 Coríntios 5:17 declara:


“Se alguém está em Cristo, é nova criação (kainē ktisis); as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo.”


A expressão grega (kainē ktisis) significa literalmente nova criação, e não apenas “nova criatura”.


Essa linguagem se conecta diretamente à de Gênesis e de Apocalipse 21:5 — “Eis que faço novas todas as coisas.”


Não se trata de alguém moralmente melhorado, mas de alguém que foi incorporado à ordem divina da nova criação em Cristo — o início da restauração de todas as coisas.


A pessoa regenerada não é simplesmente mudada; ela é reintegrada ao propósito eterno de Deus, como filho nascido do alto, conformado à imagem de Cristo.


Reduzir a Regeneração a um Segundo Nascimento ou a uma Mudança Moral é Negar seu Verdadeiro Poder


A Regeneração Segundo as Escrituras:


É obra de Deus, não do homem.


“Ele nos salvou, não por obras de justiça praticadas por nós, mas segundo Sua misericórdia, mediante o lavar regenerador e renovador do Espírito Santo.”

— Tito 3:5


É um nascimento espiritual operado pelo Espírito.


“O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito.”

— João 3:6


É nascer do alto, não por vontade humana.


“Os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus.”

— João 1:13


É ser feito nova criação em Cristo.


“Se alguém está em Cristo, é nova criação; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo.”

— 2 Coríntios 5:17


Conclusão: Regeneração é Ser Restaurado do Alto


Portanto, com base na exegese bíblica e no texto grego original:


Jesus ensinou sobre nascer do alto, e não sobre repetir o nascimento físico.


Palingenesia significa restauração à origem — não apenas um novo começo.


nova criação é a realidade dos que foram regenerados — restaurados à comunhão com Deus e ao Seu propósito eterno em Cristo.


A pessoa regenerada é aquela que foi conectada à Fonte, trazida de volta ao ato criador de Deus, integrada à nova criação que Ele estabeleceu em Cristo antes da fundação do mundo.


“Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho…”

— Romanos 8:29


#ASONE


05 julho 2025

PERGUNTEI AO CHATGPT: O QUE HÁ DE INCOERENTE OU ERRADO NESTA IMAGEM?

 


PERGUNTEI AO CHATGPT:


O QUE HÁ DE INCOERENTE OU ERRADO NESTA IMAGEM EM RELAÇÃO A ESTES LÍDERES E AO QUE ENSINA A BÍBLIA E O EXEMPLO DE JESUS?


Na foto, vemos uma mulher em um púlpito transparente, em posição de destaque, com vários homens sentados em cadeiras atrás dela, alguns deles em cadeiras grandes, aparentando tronos ou poltronas de honra, em um palco elevado, todos formalmente vestidos, em um ambiente claramente religioso, aparentemente de uma igreja.


O que pode ser considerado incoerente em comparação ao exemplo de Jesus e ao ensino bíblico?


Postura de superioridade e hierarquia ostentada

O destaque dado às cadeiras grandes e ao palco transmite uma mensagem de status e poder, algo muito diferente do que Jesus ensinou. Jesus advertiu contra buscar os primeiros lugares e títulos de honra (Mateus 23:6–12).

No ensino de Cristo, quem lidera deve servir em humildade, e não sentar-se em cadeiras “maiores” enquanto a assembleia os observa como se fossem superiores.


✅ Distanciamento do povo

A configuração do palco e as cadeiras “de honra” criam uma separação clara entre o púlpito e a congregação, gerando uma barreira simbólica entre “clero” e “leigos”. Isso não reflete o padrão de Cristo, que andava no meio do povo, com simplicidade, sem criar castas espirituais (João 13:14–15).


✅ Excesso de formalismo

O ambiente altamente cerimonial, com pessoas rigidamente organizadas e figurando em destaque, contrasta com a liberdade simples e viva do Evangelho. Jesus pregava em barcos, montanhas, casas, e não enfatizava pompa e protocolo religioso.


✅ Centralidade no ser humano, não em Cristo

O foco parece estar mais no púlpito, na liderança em destaque, do que necessariamente na Palavra de Deus e na ação do Espírito Santo. Isso pode levar à exaltação de pessoas, algo claramente combatido no Novo Testamento (1 Coríntios 3:5–7).


✅ Exclusividade masculina no “trono” e a pregação feminina

Dependendo da tradição doutrinária, alguns poderiam questionar o fato de uma mulher estar pregando, enquanto todos os homens estão em cadeiras de honra, pois há interpretações diferentes sobre liderança feminina. O mais importante biblicamente, porém, é lembrar que Jesus não estabeleceu hierarquias piramidais: Ele formou servos, não príncipes religiosos.


Resumindo biblicamente

Jesus lavou os pés dos discípulos (João 13:12–17)

Ele não tinha onde reclinar a cabeça (Lucas 9:58)

Ele andava entre o povo, não em palcos elevados

Ele ensinou“O maior entre vocês será servo.” (Mateus 23:11)


Logo, o que há de incoerente nessa imagem não é necessariamente o culto em si, mas o espírito de exaltação humana refletido na estrutura de poder, nos tronos simbólicos, no distanciamento do povo, e na teatralidade — contrastando diretamente com a humildade, a simplicidade e o serviço que marcaram o exemplo de Jesus.


MAS RETRUQUEI AINDA DIZENDO: Mas há uma cadeira no centro maior que as outras 


Exatamente — e isso chama muita atenção. Vou explicar de forma clara e bíblica:


✅ A cadeira maior no centro, que se destaca nitidamente das demais, transmite simbolicamente um trono de autoridade suprema dentro daquele grupo. Essa prática tem raízes na cultura humana de honrarias, mas não encontra base no ensino e exemplo de Jesus, que explicitamente rejeitou a ideia de ocupar lugares de maior destaque.


“Mas vós não sereis assim; antes, o maior entre vós seja como o menor, e quem governa como quem serve.”

(Lucas 22:26)


No modelo de liderança de Cristo, não há trono humano: Ele mesmo disse que veio não para ser servido, mas para servir (Marcos 10:45). Uma cadeira maior, centralizada, transmite a imagem de um rei terreno ou chefe supremo, o que pode gerar a percepção de poder humano acima do restante da assembleia — algo que a Bíblia desencoraja.


Além disso, a tradição apostólica sempre apontou para Cristo, e não de um homem no centro. O único “trono” central na igreja deveria ser de Jesus, simbolizado pela Sua Palavra e pela Sua presença no meio do povo (Apocalipse 3:21).


Portanto, essa cadeira maior no centro pode ser considerada um sinal visível de exaltação hierárquica, que contrasta frontalmente com o espírito de humildade, serviço e igualdade entre os irmãos que o Senhor Jesus estabeleceu.