HOMENS E MULHERES NO MINISTÉRIO
Josimar Salum
Jesus deu dons aos homens e às mulheres.
Os dons ministeriais não são exclusivos aos homens. Jesus batiza com o Espírito Santo e coopera com homens e mulheres igualmente. São discípulos de Jesus tanto homens quanto mulheres que para realizarem a obra de Deus necessitam dos dons de Deus.
“E cada vez mais se agregavam crentes ao Senhor em grande número tanto de homens como de mulheres.” (Atos 5:14 RA)
Lemos nas páginas do Novo Testamento sobre mulheres atuavam no ministério com dons específicos:
“E entrando em casa de Felipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele. Tinha este quatro filhas virgens que profetizavam.” (Atos 21:8-9 RA)
“Saudai a Prisca e a Áqüila, meus cooperadores em Cristo Jesus, os quais pela minha vida expuseram as suas cabeças; o que não só eu lhes agradeço, mas também todas as igrejas dos gentios.” (Romanos 16:2-4 RA)
“Ora, chegou a Éfeso certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria, homem eloqüente e poderoso nas Escrituras. Era ele instruído no caminho do Senhor e, sendo fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão as coisas concernentes a Jesus, conhecendo entretanto somente o batismo de João. Ele começou a falar ousadamente na sinagoga: mas quando Priscila e Áqüila o ouviram, levaram-no consigo e lhe expuseram com mais precisão o caminho de Deus.” (Atos 18:24-26)
“As mulheres idosas, semelhantemente, que sejam reverentes no seu viver, não caluniadoras, não dadas a muito vinho, mestras do bem, para que ensinem as mulheres novas a amarem aos seus maridos e filhos.” (Tito 2:3-4 RA)
Parece controvertido para muitos reconhecer que Júnias seja uma “apóstolo”, ou tenha sido destacado seu ministério entre os apóstolos como tal.
“Saudai a Andrônico e a Júnias, meus parentes e meus companheiros de prisão, os quais são bem conceituados entre os apóstolos, e que estavam em Cristo antes de mim.” (Romanos 16:7 RA)
É fato que a palavra "apóstolo" no texto neo-testamentário grego não aparece no feminino, nem profeta, nem evangelista, etc.
Mas é claro no Novo Testamento o ensino que “em Cristo não há judeu nem grego, nem macho nem fêmea” e no Corpo todos somos membros uns dos outros.
O problema é que se confunde “minístérios” com o “governo” da Igreja, ministério com presbistério.
Os presbíteros, discípulos de Jesus, das comunidades ou cidades do Novo Testamento, constituídos pelo Espírito Santo para apascentarem, lideravam a igreja de Deus. Em cada cidade havia um grupo de presbíteros que pastoreava a Igreja de Deus. O pastoreio segundo o Novo Testamento era sempre exercido coletivamente e não individualmente.
“A razão de tê-lo deixado em Creta foi para que você pusesse em ordem o que ainda faltava e constituísse presbíteros em cada cidade, como eu o instruí.” (Tito 1:5 NVI)
Pedro reconheceu a si mesmo um presbitério com e entre os outros e não superior a eles. É estranho ao Novo Testamento a prática de um “presbítero” ser superior aos outros, do mesmo modo que não havia nenhum apóstolo superior ao outro.
“Portanto, apelo para os presbíteros que há entre vocês, e o faço na qualidade de presbítero como eles... pastoreiem o rebanho de Deus que está aos seus cuidados. (...) Quando se manifestar o Supremo Pastor, vocês receberão a imperecível coroa da glória.” (I Pedro 5:4)
O vocábulo “presbyteros” no grego significa literalmente “mais velho”. Era considerado no mundo do Novo Testamento presbítero um homem acima de quarenta anos de idade.
É também fato incontestável que não há nenhuma menção no Novo Testamento do vocábulo "presbyteros" na forma feminina e nenhum nome de mulher atuando como "presbítero" em nenhuma das igrejas citadas no Novo Testamento.
Portanto, não se pode confundir ministério com presbitério. Não há nenhuma restrição no Novo Testamento de que mulheres possam exercer seus dons ministeriais conquanto o episcopado seja claramente e exclusivamente destinado aos homens.
“Fiel é esta palavra: Se alguém aspira ao episcopado, excelente obra deseja. É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, temperante, sóbrio, ordeiro, hospitaleiro, apto para ensinar.” (I Timóteo 3:1-2)
Vale lembrar que no mundo do Novo Testamento haviam presbíteros tanto no mercado, quanto nas praças, nas casas, nos postos governamentais, etc. como também haviam presbíteros nas igrejas. A palavra presbítero tem a ver com idade, portanto um jovem (do grego neóteros) não podia pastorear a igreja de Deus porque simplesmente não era “presbyteros” (mais velho).
E nem todo o presbítero (homem mais velho) da igreja era constituído "bispo" para pastorear o rebanho de Deus. Somente aqueles que preenchiam as qualificações bíblicas e eram escolhidos pelo Espírito de Deus, geralmente estabelecidos pelos apóstolos e nunca foram escolhidos pelos santos. É desconhecido no Novo Testamento o processo de eleição, onde crentes votam para escolher seus líderes.
Assim, quando a Palavra de Deus usa o termo "deu dons aos homens" não diz respeito somente aos homens. Uma mulher pode exercer o ministério pastoral, de ensino, de evangelista, de mestre, profeta e de apóstolo, mas nunca no Novo testamento foi constituída como "bispo" para apascentar o rebanho de Deus.
#ASONE
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