27 outubro 2025

QUE SUAS PALAVRAS SEJAM AS PALAVRAS DE DEUS by Josimar Salum

 


QUE SUAS PALAVRAS SEJAM AS PALAVRAS DE DEUS

by Josimar Salum


Para viver, falar e raciocinar de acordo com a Palavra de Deus, precisamos garantir que nossa comunicação seja moldada pelo vocabulário bíblico e pelo pensamento das Escrituras. Usar palavras estranhas à Bíblia pode gerar conceitos que, de forma sutil, nos desviam da verdade.


A Palavra de Deus não é apenas a fonte da verdade — ela é a única linguagem segura para doutrina, correção, repreensão e instrução na justiça (2 Timóteo 3:16). Se falarmos aquilo que Deus não falou, podemos estar misturando o raciocínio humano à revelação divina.


As Escrituras não ensinam que a verdade seja um conceito abstrato ou princípio filosófico. Revelam de forma clara e constante que o próprio Deus é a verdade. Devemos firmar essa convicção na Palavra de Deus.


1. Deus é a Verdade

Deuteronômio 32:4

“Ele é a Rocha, cuja obra é perfeita, porque todos os seus caminhos são juízo; Deus é a verdade, e não há nele injustiça; justo e reto é.”


Deus não é apenas verdadeiro — Ele é a própria Verdade.


2. Jesus é a Verdade

João 14:6

“Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim.”


Jesus não afirma apenas que possui a verdade — Ele declara que é a verdade. A verdade não está separada de Deus; ela se revela na Pessoa de Deus.


3. O Espírito é a Verdade

1 João 5:6

“…E o Espírito é o que dá testemunho, porque o Espírito é a verdade.”


O Espírito Santo não é apenas transmissor da verdade — Ele é a Verdade. Isso une o Pai, o Filho e o Espírito em sua identidade essencial como a Verdade.


4. A Palavra de Deus é Verdade porque vem dEle

João 17:17

“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”


Por que a Palavra é a verdade? Porque a Verdade pela qual somos santificados não é apenas a letra, mas procede de Deus, que é a Verdade. Não há separação entre Deus, Sua Palavra e a Verdade — são um só.


5. A Verdade não é conceitual — é pessoal em Deus

Em nenhuma parte da Bíblia a verdade é tratada como uma força impessoal ou abstrata. Ao contrário:

A Verdade é o caráter de Deus (Deuteronômio 32:4)

A Verdade é a identidade de Cristo (João 14:6)

A Verdade é a natureza do Espírito (1 João 5:6)

A Verdade é o que Deus fala (João 17:17; Salmo 119:160)


Conclusão: Fale a Verdade — isto é, fale as Palavras de Deus

Portanto, ao proclamarmos a verdade, não estamos apresentando ideias — estamos proclamando o próprio Deus, tal como Ele se revelou. Toda fala que não vem dEle não pode ser verdade, pois a verdade não está separada de quem Ele é.


Quando vivemos, falamos e pensamos segundo a Palavra de Deus, nós:


1. Falamos segundo a Palavra — Ele é a única luz

Isaías 8:20

“À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, nunca verão a alva.”


Qualquer coisa fora da Palavra escrita é trevas. O padrão é “a lei e o testemunho” — a própria Escritura. Nenhuma filosofia nova, nenhum termo moderno substitui o vocabulário que Deus inspirou.


2. A Palavra é a Verdade — somente o falar de Deus define o que é verdadeiro

João 17:17

“Santifica-os na tua verdade; a tua palavra é a verdade.”


Salmo 119:160

“A soma da tua palavra é a verdade, e cada uma das tuas justas ordenanças dura para sempre.”


A verdade não se baseia na interpretação humana. A verdade é o que Deus diz. Se falarmos o que Deus não disse — especialmente usando palavras que não estão em Sua Palavra — corremos o risco de substituir a verdade divina por conceitos humanos.


3. Jesus não falou nada além do que o Pai lhe deu

João 12:49–50

“Porque eu não falei por mim mesmo; mas o Pai, que me enviou, ele me deu ordem quanto ao que dizer e ao que falar… portanto, o que eu falo, falo exatamente como o Pai me disse.”


Jesus não confiou em lógica independente ou vocabulário humano. Ele nos deu o modelo perfeito de submissão à Palavra do Pai — e somos chamados a seguir Seu exemplo (1 João 2:6).


João 3:31–34

“Aquele que vem do alto está acima de todos… pois aquele que Deus enviou fala as palavras de Deus, porque Deus não dá o Espírito por medida.”


4. Paulo usou palavras ensinadas pelo Espírito, não pela sabedoria humana

1 Coríntios 2:13

“Disto também falamos, não em palavras ensinadas pela sabedoria humana, mas ensinadas pelo Espírito, comparando coisas espirituais com espirituais.”


Paulo contrastou palavras dadas pelo Espírito com terminologias humanas. Qualquer palavra não ensinada pelo Espírito — ainda que lógica ou moderna — não pode fundamentar nossa doutrina ou nossa comunicação.


5. Não acrescente nem retire da Palavra de Deus

Deuteronômio 4:2

“Nada acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela…”


Provérbios 30:5–6

“Toda palavra de Deus é pura… Nada acrescentes às suas palavras, para que não te repreenda e sejas achado mentiroso.”


Apocalipse 22:18–19

A advertência bíblica é consistente: as palavras de Deus são completas e suficientes. Acrescentar novas ideias, termos ou interpretações não encontrados na Bíblia é espiritualmente perigoso.


6. As palavras de Deus são Espírito e vida — nossas palavras devem ecoá-las

João 6:63

“As palavras que eu vos tenho dito são espírito e são vida.”


Nossas palavras devem carregar essa mesma vida espiritual ao refletirem o que Cristo falou. Expressões do mundo podem soar inteligentes, mas não têm vida de Deus.


7. Renovar a mente significa submeter-se somente à Escritura

Romanos 12:2

“Transformai-vos pela renovação da vossa mente…”


Colossenses 3:16

“Habite ricamente em vós a palavra de Cristo…”


A mente não se renova por filosofias modernas ou discursos terapêuticos, mas pela habitação abundante da Palavra de Deus, que governa nossos pensamentos e nosso vocabulário.


8. Fale apenas como oráculos de Deus

1 Pedro 4:11

“Se alguém falar, fale segundo as palavras de Deus…”


Esta instrução vale para todos os discípulos de Jesus, não apenas pregadores. Toda conversa dos filhos de Deus deve refletir o tom, o conteúdo e a linguagem da Bíblia.


9. A fé vem somente pela Palavra

Romanos 10:17

“De sorte que a fé é pelo ouvir, e o ouvir pela palavra de Deus.”


A fé não nasce de lógica humana ou de linguagem mundana. Ela brota do que Deus falou. Nada mais, nada menos.


Contentamento e confiança na Palavra e na presença de Deus

Hebreus 13:5–6 (NKJV)

“Seja a vossa vida sem avareza, contentando-vos com o que tendes; porque ele mesmo disse: ‘Nunca te deixarei, nem te desampararei.’ Assim, afirmemos confiantemente: ‘O Senhor é o meu ajudador, não temerei; que me poderá fazer o homem?’”


Este texto ilustra como a Escritura nos ensina a falar a partir do que está escrito:

1. “Seja a vossa vida sem avareza…”

A avareza é condenada tanto na lei quanto no evangelho (Êxodo 20:17; Lucas 12:15; Colossenses 3:5). É pela Palavra que aprendemos contentamento, não por ideias humanas, mas por Suas promessas.

2. “Contentando-vos com o que tendes.”

Contentamento não é psicológico — é espiritual. Baseia-se na suficiência de Deus (1 Timóteo 6:6–8; Filipenses 4:11–13).

3. “Porque ele mesmo disse…”

Todo encorajamento na vida cristã se ancora no que Deus já declarou (Deuteronômio 31:6; Josué 1:5; Malaquias 3:6).

4. “Assim, afirmemos confiantemente…”

Não inventamos declarações ousadas — afirmamos o que Deus já disse (Salmo 118:6).


Conclusão: Que a Palavra de Cristo governe a nossa língua

Colossenses 4:6

“A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal…”


Que nossa linguagem seja temperada pelas Escrituras, não pela filosofia. Nosso vocabulário precisa vir da Palavra inspirada, preservada e suficiente de Deus.


Rejeitar terminologias não bíblicas não é legalismo — é lealdade. É obediência ao chamado para falar o que Deus falou, confiar no que Ele prometeu e pensar com a mente de Cristo, conforme revelado na Sua Palavra.


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O REINO DE DEUS, OS JUSTOS E OS ÍMPIOS Josimar Salum


O REINO DE DEUS, OS JUSTOS E OS ÍMPIOS

Josimar Salum


Uma das revelações mais gloriosas das Escrituras é a vinda de Jesus. Entre os crentes, este é um dos temas mais proclamados e aguardados. No entanto, surgem perguntas inevitáveis: como pode Jesus voltar se Ele mesmo declarou que estaria conosco todos os dias até à consumação dos séculos? Se Ele nunca nos deixou, como pode “voltar”? E quanto ao chamado arrebatamento — o que ele realmente significa? Se ser arrebatado é ser tirado da Terra, então quem é tirado segundo as Escrituras: o justo ou o ímpio? Ser arrebatado é ser removido deste mundo ou é ser plenamente unido a Cristo em glória?


Essas perguntas simples revelam verdades profundas. Muitas expressões comuns no meio religioso não têm base nas Escrituras. Uma das mais repetidas é: “Jesus vai voltar.” Essa frase, porém, não corresponde ao que a Bíblia verdadeiramente ensina. As Escrituras nunca afirmam que Jesus voltará; elas declaram que Ele virá, aparecerá, se manifestará e descerá com poder e glória.


Quando Jesus ressuscitou e antes de ascender ao céu, Ele fez uma promessa que muda totalmente a compreensão sobre Sua presença: “E eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.” (Mateus 28:20) Se Ele está conosco até o fim, como poderia voltar? Ele não se ausentou. Ascendeu ao céu, mas continua presente entre nós pelo Espírito Santo. Em João 14:18, Jesus afirmou: “Não vos deixarei órfãos; virei para vós.”


O verbo grego erchomai significa vir, chegar, manifestar-se — não retornar de um lugar distante. Jesus viria aos Seus discípulos pelo Espírito Santo, e essa promessa se cumpriu no Pentecostes. Desde então, Ele habita em nós e manifesta Sua presença naqueles que O amam e obedecem à Sua Palavra.


No texto grego original do Novo Testamento, nenhum versículo utiliza o verbo correspondente a “voltar” (hypostrephō ou epanérchomai) em referência à vinda de Jesus. As Escrituras nunca descrevem Sua manifestação como um retorno, mas sempre como uma vinda, uma revelação ou uma manifestação gloriosa. Os verbos usados para descrever esse evento são muito específicos e ricos em significado: erchomai (vir, chegar); apokalyptō(revelar-se, manifestar-se); phaneroō (aparecer, tornar-se visível); e katabainō (descer). Nenhum desses termos transmite a ideia de voltar de uma ausência anterior. Todos expressam o movimento de Deus vindo ao encontro do homem, revelando-Se e tornando-Se visível. Assim, o Novo Testamento não apresenta a vinda de Jesus como um retorno, mas como a plena manifestação Daquele que já está presente, habitando em Seu povo e reinando até que todas as coisas sejam restauradas.


Quando os anjos falaram aos discípulos após a ascensão, não disseram que Jesus voltaria, mas que viria: “Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir.” (Atos 1:11) A linguagem bíblica é precisa: a vinda de Cristo é a revelação final da Sua presença e glória, não o retorno de alguém ausente.


Jesus mesmo anunciou: “E verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.” (Mateus 24:30) E João declarou: “Eis que vem com as nuvens, e todo o olho o verá.” (Apocalipse 1:7) Paulo escreveu: “Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, com voz de arcanjo e com a trombeta de Deus.” (1 Tessalonicenses 4:16) E Hebreus confirma: “Cristo aparecerá segunda vez, sem pecado, aos que o esperam para salvação.” (Hebreus 9:28)


Em todas essas passagens, as palavras usadas são vir, descer, aparecer, manifestar-se — nunca “voltar”. A Bíblia não descreve a volta de quem foi embora, mas a manifestação gloriosa Daquele que sempre esteve conosco.


Da mesma forma, é essencial compreender quem será tirado da Terra. Muitos foram ensinados que os justos serão levados ao céu, mas as Escrituras ensinam o oposto: são os ímpios que serão removidos, enquanto os justos permanecerão e herdarão a Terra — a nova Terra, onde habita a justiça. “Eles dirão: ‘O que houve com a promessa da sua vinda? Desde que os antepassados morreram, tudo continua como desde o princípio da criação.’ Mas, de acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça.” (2 Pedro 3:4,13) “Porque os retos habitarão a terra, e os íntegros permanecerão nela; mas os ímpios serão eliminados da terra, e os aleivosos serão dela desarraigados.” (Provérbios 2:21–22) “O justo nunca será removido, mas os ímpios não habitarão a terra.” (Provérbios 10:30) “Os malfeitores serão exterminados, mas os que esperam no Senhor herdarão a terra… Os mansos herdarão a terra e se deleitarão na abundância de paz. Os justos herdarão a terra e nela habitarão para sempre.” (Salmos 37:9–11,29)


Jesus explicou na parábola do joio e do trigo: “Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade, e os lançarão na fornalha de fogo… Então os justos resplandecerão como o sol no reino de seu Pai.” (Mateus 13:41–43)


Nos dias de Noé, o dilúvio levou os ímpios, enquanto Noé e sua família permaneceram. “Como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem… Veio o dilúvio e levou a todos; assim será também a vinda do Filho do Homem.” (Mateus 24:37–39) O padrão é o mesmo: os ímpios são levados, os justos permanecem.


Ser arrebatado, portanto, não é ser retirado da Terra, mas ser tomado por Deus, unido a Ele e transformado à semelhança de Cristo, enquanto os ímpios são tirados. O arrebatamento não é fuga — é encontro: “Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares.” (1 Tessalonicenses 4:17) O texto não fala de deixar a Terra para sempre, mas de sermos reunidos a Ele, pois o próprio Senhor vem reinar.


A vinda de Jesus não é o retorno de um ausente, mas a manifestação visível do Rei que sempre reinou: “Quando Cristo, que é a nossa vida, se manifestar, então vós também sereis manifestos com Ele em glória.” (Colossenses 3:4) “Quando vier para ser glorificado nos seus santos e para se fazer admirável em todos os que creem.” (2 Tessalonicenses 1:10)


Jesus não volta porque nunca foi embora. Ele vem — para manifestar Sua glória, consumar o Reino, julgar os ímpios e glorificar Seus santos. Os céus O retêm até o tempo da restauração de todas as coisas (Atos 3:21), mas Ele continua presente, revelado, ativo, reinando e vivendo em nós.


Não esperamos o retorno de um ausente, mas a manifestação visível Daquele que está conosco agora e estará conosco para sempre. “Vi a cidade santa, a nova Jerusalém, que descia dos céus, da parte de Deus, preparada como uma noiva adornada para o seu esposo. Ouvi uma voz que vinha do trono e dizia: ‘Eis que o tabernáculo de Deus está com os homens, com os quais Ele viverá. Eles serão o Seu povo; o próprio Deus estará com eles e será o Deus deles. Ele enxugará de seus olhos toda lágrima. Não haverá mais morte, nem pranto, nem dor, pois as coisas antigas já passaram.’ E o que estava assentado no trono disse: ‘Eis que faço novas todas as coisas.’” (Apocalipse 21:2–5)


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