26 julho 2006

Amai os judeus, os libaneses e os terroristas...

Ä luz dos fatos desta guerra cruel que se desenrola no Oriente Médio, encontrei estas palavras que diretamente relacionam-se com os seus acontecimentos:

“Eis que os valentes estão clamando de fora; e os embaixadores da paz estão chorando amargamente.

As estradas estão desoladas, cessam os que passam pelas veredas; alianças se rompem, testemunhas se desprezam, e não se faz caso dos homens.

A terra pranteia, desfalece; o Líbano se envergonha e se murcha; Sarom se tornou como um deserto; Basã e Carmelo ficam despidos de folhas.

Agora me levantarei, diz o Senhor; agora me erguerei; agora serei exaltado.” (Isaías 33:7-10)

Os valentes estão clamando em rogos sufocados pelas lágrimas vertidas diante de atrocidades e dores sem fim dos pequeninos, vítimas do ódio, rancor e vingança.

Os embaixadores da paz estão chorando amargamente porque todas as avenidas diplomáticas estão fechadas pelos interesses de muitos poderosos camuflados de agentes da paz.

As estradas estão cheias de destroços, desoladas e vazias – não se ouve mais crianças brincando nem o barulho de famílias caminhando nem de buzinas e motores em funcionamento – os homens estão impossibilitados de trabalhar para sustentar suas casas.

Os pactos se romperam, até os pequenos acordos foram dezprezados, testemunhas se ignoram mutuamente e, meu Deus, não se faz caso dos homens... Ai que dor cortante na alma! Não se faz caso dos homens! Por isto o Líbano se envergonha e murcha e as folhas caem ressequidas pelo vapor do fogo das armas de guerra.

“Não se faz caso dos homens” é também o lamento do Senhor enquanto contempla dos céus a guerra dos homens nestes territórios, israelense e libanês.

Contudo Aquele que “faz cessar as guerras até ao fim da terra; quebra o arco e corta a lança; queima os carros no fogo” (Sl. 46:9) não perdeu o controle do universo nem Sua soberania sobre os negócios dos homens. Ele se levantará e Ele será exaltado em tudo. Ele que conhece tudo e sabe de tudo tem um plano que está levando a cabo para trazer à Terra Sua paz permanente. Não podemos perceber, nem mesmo entendemos como, mas ao final haverá “novos céus e nova terra onde habita a Justiça.”

Vejo muitos em meu redor (o meio evangélico) promoverem o amor aos judeus em detrimento de outros povos, especialmente dos árabes. Shalom é a saudação de paz que soa sempre como espiritual e apropriada, mas Jesus é a Paz, é Assalam tanto quanto é Shalom! Amemos os judeus, é o mandamento do Senhor – o povo que Ele escolheu dentre os povos da terra para abençoar as nações. Mas igualmente por ordem do Senhor amemos os libaneses e todos os árabes. Amemos todos os membros do Hamas e do Hezbolah, pois Ele também ordenou amar os nossos inimigos.

Tenho trabalhado em movimentos de oração pela Paz de Jerusalém porque amo Israel. Neste ano, novamente no primeiro domingo de outubro iremos observar o Dia Internacional de Oração pela Paz de Jerusalém a favor de todos os seus habitantes. Mas não amo mais a Israel do que amo outros povos e nações. Deus não me ensinou isto na Bíblia. Mas em nosso meio vejo muitos defendendo ações ímpias de Israel como justificáveis para cumprimento de profecias e rogando oração somente por Israel quando somos chamados por Deus para orar e interceder por todos os povos, pois o Senhor tem ovelhas que não são deste aprisco em todos os cantos da terra.

A Bíblia que tenho em mãos categoricamente afirma que Deus ama a todos, aos árabes inclusive sem fazer nenhuma acepção.

Esta guerra corrente na região do Líbano, Israel e Palestina é um horror.

Entendo a posição israelita. Entendo que as nações têm o direito de se defenderem contra agressões fortuitas como direito justo diante do Senhor, mas não vejo justificação plausível para todas as ações de guerra de Israel. Em nosso meio tudo o que Israel faz é aceitável e isto não é justo diante de Deus. Deus não aprova ações injustas.

Abomino a posição terrorista de Hezbolah, embora os ame também como vidas que precisam conhecer o Amor de Deus.

Solidarizo-me com a impotência dos libaneses – nada podem fazer diante de tudo, senão aterrorizados esperarem que tudo passe. Estão debaixo de duplo fogo cruzado: o fogo da influência do Hezbolah conquistada com suas benesses sociais ao povo carente libanês e agora sob o fogo dos aviões e tanques israelenses.

Israel está sofrendo também com a morte de civis alvejados pelos mísseis dos terroristas radicais, que indiscriminadamente lançam seus foguetes em direção ao território de Israel não se importando com quem quer que seja atingido, pois afinal é missão principal do Hezbolah exterminar todos os judeus do mapa. Esta é uma proposta demoníaca, ímpia, desumana e totalmente abominável.

“Eis que as trevas cobrem a terra e a escuridão os povos… A terra está em angústia e escuridão...” A Luz do Príncipe da Paz, Jesus, o Messias precisa intervir na região. E nós precisamos orar por todos, indiscriminadamente. E amar judeus, libaneses, árabes e terroristas igualmente.

Um comentário:

Carlos Gasparotto disse...

Concordo com vc Salum, somos chamados a amar não somente a Israel, mas a todos os povos.