26 agosto 2010

Crentes e não crentes na Política.


Por Rodson Souza & Josimar Salum

“Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR”. (Sl 33:12)

“Quando os honestos (os justos) governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama”. (Pv 29:2)`

MUITOS DIZEM: “Política não é coisa para crente”. Segundo a Palavra de Deus toda a autoridade brota de Deus. (Conferir Rm 13:1)
A Bíblia narra a história de muitos justos que foram governantes, políticos e líderes em suas nações. José no Egito. Davi em Israel. Daniel na Babilônia. E muitos outros. Todo salvo (nascido de novo) tem dupla cidadania. Cidadania do Reino de Deus (que vem dos céus). Cidadania na Terra. Jesus declarou que somos Sal da Terra e Luz do mundo. Todos os seres humanos moram em alguma cidade, em alguma vila e em alguma comunidade do campo.

O vocábulo “cidade” é a tradução do grego “polis” de onde vem a palavra política. Seja salvo ou não, eu e você somos políticos em nossas cidades. É isto que a palavra político significa. Aquele que mora na cidade! Política não é algo maligno em si; é o meio para se governar uma cidade, um Estado ou um País. Política é a arte de apascentar ou pastorear a cidade e deve ser exercida para o bem de todos.
Em minha cidade, como crente e discípulo de Jesus sou Sal para transformá-la e em meu Estado e em minha nação sou Luz para eliminar todas as suas trevas. Não há trevas maiores do que a injustiça social, do que o descaso para com os órfãos e as viúvas e do que o desprezo às causas do necessitado. Se recuso, sendo íntegro, honesto e justo, a desempenhar meu papel de político – todo homem é político - deixo de ser plenamente Sal e Luz. Se me desinteresso pela minha cidade e por tudo o que lhe diz respeito não ocupando o espaço que deveria ocupar, os maus ocuparam o espaço “vazio” e exercerão “a política” do mal e todo o povo gemerá, inclusive eu e minha família. Se não participamos da vida política, com nossa omissão permitiremos que leis injustas sejam decretadas, governantes maus prosperem toda a impiedade e juízes ímpios disseminem todo o tipo de injustiça. Quanto a mim não serei jamais acusado de nenhum pecado de omissão porque “aquele que sabe fazer o bem e não faz, comete pecado.” (Tg 4:17)

VOCAÇÃO PARA A POLÍTICA


Entendo que todo salvo que aspira exercer sua cidadania, além do seu voto, pode almejar se tornar um servo público, seja como legislador, seja como juiz ou seja como governante. Assim fazendo responde primeiramente à uma vocação celestial.



É que Deus não somente ungiu os salvos para serem pregadores do Evangelho, mas ungiu médicos, professores, bombeiros, donas de casa, advogados, etc para servirem a Ele em todas as esferas da sociedade. O discipulo de Jesus que é pastor não é mais ungido que o outro discípulo de Jesus que é carpinteiro. É que todos os salvos foram ungidos para pregar, proclamar libertação aos cativos e anunciar o ano aceitável do Senhor (Is. 61:1-2). Assim Deus unge igualmente homens e mullheres para servirem a Ele e ao povo de seu país na esfera do Governo em todas as suas formas.

Como Davi, de pastor de ovelhas a Rei de seu povo Israel. Como Débora, de apenas mãe, para ser juíza sobre seu povo. Como o jovem Daniel que foi chamado e elevado à uma posição no Império Babilônico pela excelência do Espirito de Deus em sua vida. Como José, de mordomo a prisioneiro, que foi elevado do monturo ao principado porque Deus tinha planos maiores não somente para ele simplesmente, mas para salvar uma nação inteira da calamidade da fome. Por causa dele, Jacó e todos os seus filhos sobreviveram. Por causa de sua vocação política, Israel hoje subsiste. Moisés, pastor de ovelhas, foi chamado por Deus, porque repousava sobre ele a vocação de Deus que foi confirmada não só por Deus, mas pelos homens. Tornou-se o libertador de Israel do Egito e no deserto foi seu Pastor, Legislador, Juiz e Governador.

Do mesmo modo, ainda hoje, homens e mulheres de Deus, sob a direção de Deus, com o apoio de homens e mulheres de Deus, seguros e convictos de sua vocação, almejam servir a sua cidade, seu estado e sua nação neste ministério-serviço da Política. Eles se capacitam, dispoem-se e aceitam a dignidade e a honra dos Céus para tornarem-se representantes legítimos para o bem de todo o seu povo.

Sendo salvo, o professor, ou bancário, ou médico, ou estudante, ou advogado, ou pastor, ou empresário, ou padeiro, etc, ao aspirar o serviço público o faz como, cidadão do Céu na Terra. já que representará não somente o povo que o elegeu e servirá a todo o povo, mas a Deus que pôs nele ou nela o Reino de Deus e o ungiu. Não é Deus Quem os estabelece? Não é Deus quem destitui governantes? Por certo o Senhor prefere estabelecer governantes justos que representem bem Sua autoridade de Amor e Compaixão em Justiça e Verdade. Seus olhos não passam por toda a Terra em busca de um homem ou uma mulher que seja íntegro? As campanhas eleitorais dos servos de Deus, e se Ele quiser, seus mandatos, trarão certamente Glória e Honra a Jesus.


Como homens ou mulheres de Deus, honestos, irrepreensíveis, de testemunhos ilibados e exemplares, capacitados em todos os sentidos, tanto espiritual quanto material, servirão ao povo com excelência e por conseguinte a Deus. Suas candeias brilharão porque não foram colocados debaixo da mesa, mas ao alto, para trazer Luz não somente ao seu pequeno grupo mas a toda a sua cidade, Estado e Nação. A Política é do Senhor Jesus como todas as esferas da sociedade. “Do SENHOR é toda a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam.” (Sl. 24:1)

MUITOS DIZEM – “Não voto em evangélico, porque ele vai corromper-se”. De fato, é verdade que muitos políticos evangélicos se corromperam do mesmo modo que igualmente muitos não evangélicos se corromperam. Não somente por isto, é preciso votar em um candidato que tenha o temor de Deus demonstrado através de sua vida, atestado pela sua família, pelo seu testemunho e pelas suas obras e feitos. Não devemos votar em evangélicos corruptos. Nem mesmo considerar alguém, seja evangélico ou não, que por exemplo, tenha aceitado suborno ou oferecido suborno em troca do apoio as suas candidaturas. Subornos tais como oferecerimento de lotes, dinheiro, material de construção, etc. Não devemos votar em canditados que mesmo sendo evangélicos não têm capacidade nem para governar sua casa, seus negócios e suas igrejas muito menos a coisa pública. Não devemos votar em canditados evangélicos que falam uma coisa e procedem de outra forma. Não basta ter nome de evangélico para agir e permanecer na política. É preciso ser crente em Jesus de verdade.

Conhecemos quem de fato são de Jesus não pelo que dizem ou pela demonstração de seus carismas ou dons, mas pelos frutos de suas vidas. Frutos que já tem demonstrado com sua história. “Quem é fiel no pouco, também é fiel no muito.”


É ingualmente importante considerar o risco de negar o voto a um candidato evangélico ao Parlamento ou a qualquer cargo público, que seja verdadeiramente crente em Jesus e capacitado em todos os sentidos, para votar em outro candidato, ou para votar naquele que o favoreceu financeiramente ou de alguma forma. Aqui reside o perigo de que quando um projeto de lei anticristão for posto em votação esse parlamentar não terá compromisso em votar sob a Justiça de Deus.

Em nossa Pátria muitas são as leis já promulgadas e os projetos de lei em andamento que prejudicaram ou prejudicarão não somente o seguimento evangélico mas a toda a nação, já que a única coisa que exalta as nações é a Justiça. Leis injustas mesmo em benefício de qualquer seguimento da sociedade, o uso de dois pesos e duas medidas nas coisas públicas, desagradam ao Senhor, Senhor dos Céus e da Terra.


O VOTO


Nas campanhas eleitorais de sua cidade, de seu estado e de seu país todo salvo participa ativamente em oração, sabendo que é Deus Quem estabelece reis e destrona os reis. O Senhor busca um homem para interceder, se por na brecha, pela Sua nação. Que ore sim, mas que não se omita nunca quanto aos seus deveres e obrigações na Terra. Representamos a Deus até quando votamos escolhendo nossos governantes e legisladores. Diante da urna o eleitor, que é cidadão do Céu, vota em oração, com consciência bíblica e vota certo naquele que o Senhor escolheu através de seu voto para representar-lhe e numa dimensão maior pastorear para a cidade e todo o povo. Política é pastoreio. Ele vota como quem vota em si mesmo e vota bem porque sendo honesto e íntegro escolhe um homem e uma mulher igualmente íntegros e honestos, além de capacitados a representar-lhe para o bem da Nação. Geralmente gente desonesta escolhe gente desonesta. Para o homem que teme ao Senhor aquele que não o teme ele o despreza. Quem ora e vota com justiça oferece ao Senhor um ato de justiça.



Vota no melhor, isto é, naquele que no exercício do poder não vai legislar em causa própria nem para seu próprio grupo de interesse. Não vai usar dois pesos e duas medidas! Não vai legislar em favorecimento dos ricos em detrimento dos pobres. Não vai beneficiar sua família com cargos que não lhe pertencem. Vota naquele que lhe garanta não aprovar leis ímpias, como por exemplo, projetos de lei contra a liberdade de expressão religiosa, “Mordaça Gay”, legislação pró-aborto, projetos de lei que prejudiquem à causa do pobre e da viúva, e outros que subverta às causas dos idosos, dos estrangeiros ou promova a exploração dos empregados em todos os níveis, ou beneficie empregados em detrimento de seus empregadores, enfim, nenhuma lei que seja injusta. E vota naquele que não dificilmente se corromperá porque ao votar compromete-se a manter vigilância sobre aquele que escolheu como seu representante. Orará por ele ou por ela sempre e exigirá que lhe prestem contas durante todo o período de seu mandato. Porque afinal de contas o representante eleito é só representante, não dono de seu mandato. E mesmo que o representante venha a passar a considerar seu mandato deste modo, todo mandato tem uma data para terminar e aquele que falhar nunca mais receberá novamente seu voto.

Todo político eleito pode até vir a cometer erros mas quanto ao seu caráter, se cometer algum erro mesmo que seja uma só vez, jamais deverá ser reeleito.

ALERTA


É agradável a Deus orar por todas as nossas autoridades. Por aqueles a quem o Senhor investiu de autoridade. Cada um de nós fomos chamados a abençoar nossas cidades com oração. É igualmente agradável a Deus exercer atos de justiça. Na Democracia Deus investe de autoridade aquele que eu e você escolhemos com nosso voto. O Senhor escolhe através do meu e de seu voto aquele que aspirou ser investido como autoridade para o exercício de qualquer cargo e para exercer qualquer mandato. É seu mandato da parte de Deus não somente orar, mas escolher com Ele quem irá governar sua cidade, seu estado e seu país. E Deus vai nos abençoar quando obedecermos ao Senhor para não somente fazer discípulos das nações como também colaborarmos para que a nação seja feliz ao torná-la do Senhor Jesus!

 A Nação é abençoada quando seus governantes e legisladores temem e servem ao Senhor verdadeiramente. Como cidadão do céu, como embaixador de Deus, estou na Terra para reconciliar os homens com Deus. Como cidadão da Terra sou investido de autoridade por Deus para escolher aqueles que vão governar minha cidade, meu Estado e meu Brasil! E o diabo vai ficar fora disto! Com certeza ele tem que ficar fora disto! E Deus pode contar comigo!

“O que mais preocupa não é nem o grito dos violentos, dos corruptos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética. O que mais preocupa é o silêncio dos bons”. Martin Luther King

Brasil, 12 de Abril de 2010

Rodson Souza - Email: rodson12@gmail.com
Josimar Salum - Email: jsalum@thekingsnet.org

Um comentário:

Kroco disse...

EU DIGO: “Não voto em evangélico/crente, porque não quero um mundo dominado por cegos”.