EXPLICANDO DÍZIMOS NA BÍBLIA
Josimar Salum
Dízimos no Antigo Testamento era o meio financeiro e econômico de sustentação do serviço (ministério) de sacerdotes, ou do sacerdócio Levítico.
As contribuições não eram somente de 10%. Chegavam pelo menos a 33%, especialmente no tempo dos reis em que os judeus tinham que pagar impostos além de sustentar o culto do templo. Isto podemos mostrar em outra oportunidade.
Dízimos e ofertas no AT eram um conjunto de contribuições que passavam de 10% pois haviam entregas de primogênitos de animais, de cereais, contribuições especiais nas festas, de contribuições dobradas em anos especiais, etc.
O DÍZIMO FOI REGULAMENTADO PELA LEI MOSAICA
Ensina-se que o dízimo não é da lei, em referência a promessa de Abrão e Jacó antes da Lei de Moisés. Mas é! Jesus disse que é!
“Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas, porque dais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e tendes negligenciado os preceitos mais importantes da Lei: a justiça, a misericórdia e a fé; devíeis, porém, fazer estas coisas, sem omitir aquelas!” Mateus 23:23
Vejamos:
“E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos”. E Abrão lhe deu o dízimo de tudo.” Gênesis 14:20
De tudo, a que tudo se refere aqui!
“Quando Abrão ouviu que seu parente fora levado prisioneiro, mandou convocar os trezentos e dezoito homens treinados, nascidos em sua casa, e saiu em perseguição aos inimigos até Dã.
Atacou-os durante a noite em grupos, e assim os derrotou, perseguindo-os até Hobá, ao norte de Damasco.
Recuperou todos os bens e trouxe de volta seu parente Ló com tudo o que possuía, com as mulheres e o restante dos prisioneiros.
Voltando Abrão da vitória sobre Quedorlaomer e sobre os reis que a ele se haviam aliado, o rei de Sodoma foi ao seu encontro no vale de Savé, isto é, o vale do Rei.
Então Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, trouxe pão e vinho e abençoou Abrão, dizendo: “Bendito seja Abrão pelo Deus Altíssimo, Criador dos céus e da terra.
E bendito seja o Deus Altíssimo, que entregou seus inimigos em suas mãos”.
E Abrão lhe deu o dízimo de tudo.” Gênesis 14:14-20
Não há nenhuma outra referência que Abrão tenha lhe dado o dízimo (hebraico: maaser) mais que uma vez e de fato ele deu a Melquisedeque o dízimo de TUDO que ganhou dos despojos da guerra que venceu, de fato, não ficou com nada a não ser com o reembolso dos custos de sua empreitada. Confira no capítulo em referência.
“Esse Melquisedeque, rei de Salém e sacerdote do Deus Altíssimo, encontrou-se com Abraão quando este voltava, depois de derrotar os reis, e o abençoou; e Abraão lhe deu o dízimo de tudo.
Em primeiro lugar, seu nome significa “rei de justiça”; depois, “rei de Salém”, que quer dizer “rei de paz”. Sem pai, sem mãe, sem genealogia, sem princípio de dias nem fim de vida, feito semelhante ao Filho de Deus, ele permanece sacerdote para sempre.” Hebreus 7:1-3
Segunda vez em que aparece a palavra dízimo na Bíblia refere-se a uma promessa que Jacó fez a Deus.
““Então Jacó fez um voto, dizendo: “Se Deus estiver comigo, cuidar de mim nesta viagem que estou fazendo, prover-me de comida e roupa, e levar-me de volta em segurança à casa de meu pai, então o Senhor será o meu Deus.
E esta pedra que hoje coloquei como coluna servirá de santuário de Deus; e de tudo o que me deres certamente te darei o dízimo”.” Gênesis 28:20-22
Tão diferente do que se ensina hoje de que para ser abençoado você precisa trazer seus dízimos. Se dízima é abençoado, se não dizima não é.
O que dizer de milhões e milhões de pessoas ímpias que não dão nenhuma contribuição financeira pera a obra de Deus nem para nada que são tremendamente abençoados financeiramente. Isto é um fato.
Ao contrário, estatisticamente em torno de 70 a 80% dos dizimistas fiéis nas “igrejas” estão oprimidos por dívidas, ou seja, embora sendo dizimistas fiéis não são “abençoados” com prosperidade financeira e estão endividados.
Ser dizimista não tem sido na prática garantia de benção financeira se considerado apenas como um ato separado de outras medidas que precisam ser tomadas.
Sustentar o culto evangélico (templo, pastores, etc) não é algo ruim, entretanto, o dízimo bíblico cessou completamente com a Antiga Aliança. Veremos isto mais adiante.
O QUE REALMENTE O PROFETA MALAQUIAS ENSINA
Vejamos o que a Bíblia diz em Malaquias, comumente usado para defender a entrega dos dízimos e ofertas.
Em primeiro lugar Malaquias foi escrito para os sacerdotes de Israel e não somente para Israel:
““O filho honra seu pai, e o servo, o seu senhor. Se eu sou pai, onde está a honra que me é devida? Se eu sou senhor, onde está o temor que me devem?”, pergunta o Senhor dos Exércitos a vocês, sacerdotes. “São vocês que desprezam o meu nome! “Mas vocês perguntam: ‘De que maneira temos desprezado o teu nome?’
“Trazendo comida impura ao meu altar!
“E mesmo assim ainda perguntam: ‘De que maneira te desonramos?’
Ao dizerem que a mesa do Senhor é desprezível.
“Na hora de trazerem animais cegos para sacrificar, vocês não veem mal algum. Na hora de trazerem animais aleijados e doentes como oferta, também não veem mal algum.
Tentem oferecê-los de presente ao governador! Será que ele se agradará de vocês? Será que os atenderá?”, pergunta o Senhor dos Exércitos. “
E agora, sacerdotes, tentem apaziguar Deus para que tenha compaixão de nós! Será que com esse tipo de oferta ele os atenderá?”, pergunta o Senhor dos Exércitos.
“Ah, se um de vocês fechasse as portas do templo! Assim ao menos não acenderiam o fogo do meu altar inutilmente.
Não tenho prazer em vocês”, diz o Senhor dos Exércitos, “e não aceitarei as suas ofertas. Pois, do oriente ao ocidente, grande é o meu nome entre as nações.
Em toda parte incenso é queimado e ofertas puras são trazidas ao meu nome, porque grande é o meu nome entre as nações”, diz o Senhor dos Exércitos.” Malaquias 1:6-11
Ofertas não eram atos exclusivos dos judeus e de seus sacerdotes em Jerusalém. Deus está dizendo que em outras nações isto já ocorria. Mas os sacerdotes do templo estavam sendo rejeitados por Ele pelos motivos que você leu acima.
No capítulo 2 de Malaquias Deus continua se dirigindo aos sacerdotes e faz uma denúncia de sua infidelidade, e a todo Judá, em especial, por terem sido infiéis a mulher de sua mocidade.
Casamento é uma união única e exclusiva entre um só homem e uma só mulher por toda a vida. Por isto, Deus abomina o repúdio (divórcio).
““E agora esta advertência é para vocês, ó sacerdotes.
“Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca todos esperam a instrução na Lei, porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos.
Judá tem sido infiel. Uma coisa repugnante foi cometida em Israel e em Jerusalém; Judá desonrou o santuário que o Senhor ama; homens casaram-se com mulheres que adoram deuses estrangeiros.
Há outra coisa que vocês fazem: Enchem de lágrimas o altar do Senhor; choram e gemem porque ele já não dá atenção às suas ofertas nem as aceita com prazer.
E vocês ainda perguntam: “Por quê?” É porque o Senhor é testemunha entre você e a mulher da sua mocidade, pois você não cumpriu a sua promessa de fidelidade, embora ela fosse a sua companheira, a mulher do seu acordo matrimonial.
Não foi o Senhor que os fez um só? Em corpo e em espírito eles lhe pertencem.
E por que um só? Porque ele desejava uma descendência consagrada.
Portanto, tenham cuidado: Ninguém seja infiel à mulher da sua mocidade.” Malaquias 2:1, 7, 11, 13-15
““Eu odeio o divórcio”, diz o Senhor, o Deus de Israel, “e também odeio homem que se cobre de violência como se cobre de roupas”, diz o Senhor dos Exércitos. Por isso, tenham bom senso; não sejam infiéis.”Malaquias 2:16
No capítulo 3 Deus então anuncia sua posição clara sobre as questões financeiras e econômicas para o povo:
““Eu virei a vocês trazendo juízo. Sem demora testemunharei contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente e contra aqueles que exploram os trabalhadores em seus salários, que oprimem os órfãos e as viúvas e privam os estrangeiros dos seus direitos e não têm respeito por mim”, diz o Senhor dos Exércitos.” Malaquias 3:5
Fala da relação com trabalhadores explorados e da causa dos órfãos e das viúvas.
E continua falando abertamente sobre o templo, sua casa.
“Desde o tempo dos seus antepassados vocês se desviaram dos meus decretos e não lhes obedeceram.
Voltem para mim e eu voltarei para vocês”, diz o Senhor dos Exércitos.
“Mas vocês perguntam: ‘Como voltaremos?’ “Pode um homem roubar de Deus? Contudo vocês estão me roubando. E ainda perguntam: ‘Como é que te roubamos?’
Nos dízimos e nas ofertas. Vocês estão debaixo de grande maldição porque estão me roubando; a nação toda está me roubando.
Tragam o dízimo todo ao depósito do templo, para que haja alimento em minha casa. Ponham-me à prova”, diz o Senhor dos Exércitos, “e vejam se não vou abrir as comportas dos céus e derramar sobre vocês tantas bênçãos que nem terão onde guardá-las.
Impedirei que pragas devorem suas colheitas, e as videiras nos campos não perderão o seu fruto”, diz o Senhor dos Exércitos.
“Então todas as nações os chamarão felizes, porque a terra de vocês será maravilhosa”, diz o Senhor dos Exércitos.” Malaquias 3:7-12
O QUE ACONTECEU COM A CASA DO TESOURO?
O que aconteceu com este templo?
“Alguns dos seus discípulos estavam comentando como o templo era adornado com lindas pedras e dádivas dedicadas a Deus.
Mas Jesus disse: “Disso que vocês estão vendo, dias virão em que não ficará pedra sobre pedra; serão todas derrubadas”.” Lucas 21:5-6
Com a destruição do templo fica inviabilizada toda contribuição para sustentação do sacerdócio Levítico. O templo foi destruído.
“Naquele momento, o véu do santuário rasgou-se em duas partes, de alto a baixo. A terra tremeu, e as rochas se partiram.” Mateus 27:51
OFERTAS NA NOVA ALIANÇA
A Nova Aliança, e isto está em Hebreus 7 que tantos usam para defender a perpetuação dos dízimos estabeleceu o fim do sacerdócio Levítico:
“Ao contrário dos outros sumos sacerdotes, ele não tem necessidade de oferecer sacrifícios dia após dia, primeiro por seus próprios pecados e, depois, pelos pecados do povo.
E ele o fez uma vez por todas quando a si mesmo se ofereceu.
Pois a Lei constitui sumos sacerdotes a homens que têm fraquezas; mas o juramento, que veio depois da Lei, constitui o Filho perfeito para sempre.” Hebreus 7:27-28
Na Nova Aliança, com Jesus, quais são as instruções:
“Quando Jesus ia saindo, um homem correu em sua direção e se pôs de joelhos diante dele e lhe perguntou: “Bom mestre, que farei para herdar a vida eterna?”
Respondeu-lhe Jesus: “Por que você me chama bom? Ninguém é bom, a não ser um, que é Deus. Você conhece os mandamentos: ‘Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não darás falso testemunho, não enganarás ninguém, honra teu pai e tua mãe’ ”.
E ele declarou: “Mestre, a tudo isso tenho obedecido desde a minha adolescência”. Jesus olhou para ele e o amou.
“Falta uma coisa para você”, disse ele. “Vá, venda tudo o que você possui e dê o dinheiro aos pobres, e você terá um tesouro no céu. Depois, venha e siga-me.”” Marcos 10:17-21
Jesus não disse a ele para vender tudo quanto tinha para entregar no templo. Jesus disse para dar aos pobres. E se ele desse tudo, não sobraria nada mais para dar no templo.
Não há nenhuma referência no Novo Testamento de que os discípulos de Jesus praticavam a entrega de dízimos, memo porque não haviam templos nem estruturas eclesiásticas para serem sustentados.
“Da multidão dos que creram, uma era a mente e um o coração. Ninguém considerava unicamente sua coisa alguma que possuísse, mas compartilhavam tudo o que tinham.
“Não havia pessoas necessitadas entre eles, pois os que possuíam terras ou casas as vendiam, traziam o dinheiro da venda e o colocavam aos pés dos apóstolos, que o distribuíam segundo a necessidade de cada um.” Atos 4:32, 34-35
“Agora, pois, encomendo-vos ao Senhor e à palavra da sua graça, que tem poder para vos edificar e dar herança entre todos os que são santificados ... vós mesmos sabeis que estas mãos serviram para o que me era necessário a mim e aos que estavam comigo.
Tenho-vos mostrado em tudo que, trabalhando assim, é mister socorrer os necessitados e recordar as palavras do próprio Senhor Jesus: Mais bem-aventurado é dar que receber.” Atos 20:32, 34-35
O PRINCÍPIO DO SUSTENTO ECONÔMICO PESSOAL
“Nós vos ordenamos, irmãos, em nome do Senhor Jesus Cristo, que vos aparteis de todo irmão que ande desordenadamente e não segundo a tradição que de nós recebestes; pois vós mesmos estais cientes do modo por que vos convém imitar-nos, visto que nunca nos portamos desordenadamente entre vós, nem jamais comemos pão à custa de outrem; pelo contrário, em labor e fadiga, de noite e de dia, trabalhamos, a fim de não sermos pesados a nenhum de vós; não porque não tivéssemos esse direito, mas por termos em vista oferecer-vos exemplo em nós mesmos, para nos imitardes.
Porque, quando ainda convosco, vos ordenamos isto: se alguém não quer trabalhar, também não coma.
Pois, de fato, estamos informados de que, entre vós, há pessoas que andam desordenadamente, não trabalhando; antes, se intrometem na vida alheia.
A elas, porém, determinamos e exortamos, no Senhor Jesus Cristo, que, trabalhando tranquilamente, comam o seu próprio pão.
E vós, irmãos, não vos canseis de fazer o bem.” 2Tessalonicenses 3:6-13
“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado.” Efésios 4:28
QUANTO AOS QUE EXCLUSIVAMENTE PREGAM O EVANGELHO.
Paulo, porém, ensinou claramente que os que exclusivamente pregam o Evangelho podem viver do Evangelho, nestes termos: não temos nós o direito de comer e beber?
Ou somente eu e Barnabé não temos direito de deixar de trabalhar?
Quem jamais vai à guerra à sua própria custa? Quem planta a vinha e não come do seu fruto? Ou quem apascenta um rebanho e não se alimenta do leite do rebanho?
Porventura, falo isto como homem ou não o diz também a lei? Porque na lei de Moisés está escrito: Não atarás a boca ao boi, quando pisa o trigo.
Acaso, é com bois que Deus se preocupa? Ou é, seguramente, por nós que ele o diz?
Certo que é por nós que está escrito; pois o que lavra cumpre fazê-lo com esperança; o que pisa o trigo faça-o na esperança de receber a parte que lhe é devida.
Se nós vos semeamos as coisas espirituais, será muito recolhermos de vós bens materiais?
Se outros participam desse direito sobre vós, não o temos nós em maior medida?
Entretanto, não usamos desse direito; antes, suportamos tudo, para não criarmos qualquer obstáculo ao evangelho de Cristo.
Não sabeis vós que os que prestam serviços sagrados do próprio templo se alimentam? E quem serve ao altar do altar tira o seu sustento?
Assim ordenou também o Senhor aos que pregam o evangelho que vivam do evangelho; eu, porém, não me tenho servido de nenhuma destas coisas e não escrevo isto para que assim se faça comigo; porque melhor me fora morrer, antes que alguém me anule esta glória. Se anuncio o evangelho, não tenho de que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim se não pregar o evangelho!” 1Coríntios 9:4, 6-16
O ENSINO DO NOVO TESTAMENTO: NÃO HÁ DÍZIMOS NA DOUTRINA DOS APÓSTOLOS
Dízimos como praticado hoje, embora seja uma boa prática, não tem respaldo no Novo Testamento. O ensino do Novo Testamento quanto a estes assuntos é este:
“Não tenho necessidade de escrever a respeito dessa assistência aos santos.
Reconheço a sua disposição em ajudar e já mostrei aos macedônios o orgulho que tenho de vocês, dizendo-lhes que, desde o ano passado, vocês da Acaia estavam prontos a contribuir; e a dedicação de vocês motivou a muitos.
Contudo, estou enviando os irmãos para que o orgulho que temos de vocês a esse respeito não seja em vão, mas que vocês estejam preparados, como eu disse que estariam, a fim de que, se alguns macedônios forem comigo e os encontrarem despreparados, nós, para não mencionar vocês, não fiquemos envergonhados por tanta confiança que tivemos.
Assim, achei necessário recomendar que os irmãos os visitem antes e concluam os preparativos para a contribuição que vocês prometeram.
Então ela estará pronta como oferta generosa, e não como algo dado com avareza.
Lembrem-se: aquele que semeia pouco também colherá pouco, e aquele que semeia com fartura também colherá fartamente.
Cada um dê conforme determinou em seu coração, não com pesar ou por obrigação, pois Deus ama quem dá com alegria.
E Deus é poderoso para fazer que toda a graça lhes seja acrescentada, para que em todas as coisas, em todo o tempo, tendo tudo o que é necessário, vocês transbordem em toda boa obra.
Como está escrito: “Distribuiu, deu os seus bens aos necessitados; a sua justiça dura para sempre”.
Aquele que supre a semente ao que semeia e o pão ao que come também lhes suprirá e multiplicará a semente e fará crescer os frutos da sua justiça.
Vocês serão enriquecidos de todas as formas, para que possam ser generosos em qualquer ocasião e, por nosso intermédio, a sua generosidade resulte em ação de graças a Deus.
O serviço ministerial que vocês estão realizando não está apenas suprindo as necessidades do povo de Deus, mas também transbordando em muitas expressões de gratidão a Deus.
Por meio dessa prova de serviço ministerial, outros louvarão a Deus pela obediência que acompanha a confissão que vocês fazem do evangelho de Cristo e pela generosidade de vocês em compartilhar seus bens com eles e com todos os outros.
E nas orações que fazem por vocês, eles estarão cheios de amor por vocês, por causa da insuperável graça que Deus tem dado a vocês. Graças a Deus por seu dom indescritível!” 2 Coríntios 9:1-15 NVI
Assim sendo, consideremos o seguinte:
Em 2 Coríntios, capítulo 9, a semeadura e a colheita são um princípio da Nova Aliança.
Como princípio, a contribuição pode ser maior do que o dízimo, ou seja, maior que dez por cento, como se entende hoje.
A contribuição pode ser maior que o dízimo, porque qualquer um contribui segundo o que propôs no seu coração.
E o faz segundo a sua fé e jamais por avareza, mas também com alegria pode contribuir com menos de 10%, segundo o que propõe em seu coração, não com pesar e nem por obrigação, ou seja, através de uma pessoa estabelecendo o valor de sua oferta.
NÃO EXISTEM DÍZIMOS NO NOVO TESTAMENTO.
Não há uma só menção que os discípulos nem judeus nem gentios “entregavam” seus dízimos em suas reuniões, ou seja, na igreja.
Assim é que o discípulo de Jesus pode semear pouco ou semear com abundância, mas sempre segundo o que propor em seu coração.
O que semeia pouco, pouco também ceifará; e o que semeia em abundância, em abundância ceifará. (2 Coríntios 9:6).
Como princípio a semeadura do povo de Deus está total e exclusivamente relacionada, ou seja, os recursos colhidos têm estes objetivos:
1 - A assistência aos santos;
2 - Distribuição e doação dos bens aos necessitados;
3 - O suprimento das necessidades do povo de Deus;
4 - O compartilhamento dos bens com os outros.
Qualquer outra aplicação da semente fora destes termos é antibíblica. Isto é que é roubar a Deus!
No contexto de Filipenses 3:13-14, Paulo considerou como perda todas as coisas, pela excelência do Conhecimento de Cristo Jesus.
"Todas as coisas" referem-se tanto às coisas religiosas das quais ele usufruía no Judaísmo quanto a todas as outras relacionadas com a sua vida, riquezas inclusive!
É por causa de Jesus que Paulo sofreu a perda de todas as coisas.
Paulo considerou todas as coisas como escória - do grego “skubala” que significa “excremento humano”. Desculpe-me, não se escandalize, por favor, por eu escrever essa expressão aqui, mas literalmente é o que significa “escória” no texto original.
Como alguém pode renunciar a tudo quanto tem para seguir a Jesus e depois buscar de Deus as mesmas coisas que renunciou?
Como pode alguém tentar barganhar com Deus, dando-lhe ofertas para que seja abençoado materialmente em benefício próprio?
Naquele texto, qual é o alvo a que Paulo se refere quando diz que prossegue avançando e esquecendo as coisas (aquelas coisas) que atrás ficam?
Conhecer a Jesus, e a virtude da Sua ressurreição, e a comunicação de Suas aflições, e ser feito conforme a Sua morte. (Filipenses 3:10).
Qual é o prêmio que receberemos prosseguindo para o alvo por conta do sacrifício de Jesus na Cruz?
Conhecer a Cristo, sofrer por Cristo e ser feito conforme a Sua morte e, por fim, a ressurreição dos mortos.
Para concluir gostaria de afirmar o seguinte:
Iniquidade é tudo o que se opõe à equidade, equivalência ou igualdade.
Estabelecido este conceito, afirmo que é uma iniquidade no seio de uma igreja evangélica, um pastor ganhar 10, 20, 30 vezes mais do que o outro do "ministério", porque igreja não é empresa e não se compensa um obreiro de Deus com base em sua classe ou seu nível, mas com um salário.
Salário, nas Escrituras, tem a ver com sustento, porque aquele que prega o Evangelho deve viver do Evangelho e não se enriquecer do Evangelho.
“Se alguém ensina alguma outra doutrina; e se não conforma com as sãs palavras de nosso Senhor Jesus Cristo; e com a doutrina que é segundo a piedade, é soberbo, e nada sabe, mas delira acerca de questões e contendas de palavras, das quais nascem invejas, porfias, blasfêmias, ruins suspeitas, contendas de homens corruptos de entendimento, e privados da verdade, cuidando que a piedade seja causa de ganho (lucro);
Aparta-te dos tais.
Mas é grande ganho a piedade com contentamento.
Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele.
Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso, contentes.
Mas os que querem ser ricos caem em tentação, e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, que submergem os homens na perdição e ruína.
Porque o amor ao dinheiro é a raiz de toda a espécie de males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores.
Mas tu, ó homem de Deus, foge destas coisas, e segue a justiça, a piedade, a fé, o amor, a paciência, a mansidão. (1 Timóteo 6:3-11).
Finalmente, não há nada que eu o você precisamos fazer para sermos
mais abençoados do que somos. Absolutamente nada.
Há, porém, uma lei divina bendita e poderosa da semeadura e colheita para a qual precisamos atentar:
“Ora, aquele que dá semente ao que semeia e pão para alimento também suprirá e aumentará a vossa sementeira e multiplicará os frutos da vossa justiça,”
2Coríntios 9:10
Na vida Deus nos da semente e pão. Na vida precisamos pedir a Deus sabedoria para discernir o que é semente e o que é pão.
“Aquele que não poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” Romanos 8:32
#ASONE
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