18 julho 2007

Medo

Vivemos em um mundo onde as pessoas sofrem de medo e tornam-se facilmente vulneráveis a crerem em qualquer coisa, a apegarem-se a qualquer um e a fazerem até o que não podem para serem livres, do medo.

No Brasil, em algumas metrópoles, a cultura da violência acabou por criar uma cultura do medo. Nos Estados Unidos imigrantes indocumentados deselvolvem uma cultura de medo, alimentada pelos testemunhos de experiências negativas de outros imigrantes. Estas são compartilhadas de boca a boca e noticiadas em foco pelos meios de comunicação, e se inserem no subconsciente da comunidade imigrante. “Se aconteceu com ele, pode acontecer comigo” é a expressão do pensamento que faz tremer o coração, suar o corpo e paralisar a vida. É o medo!

É comum numa roda de conversa, quando alguém conta uma experiência negativa de algum amigo, o assunto esquentar quando os amigos da roda, cada um de per si, se esforçam para contar uma história pior que a outra. É o processo de amedrontação!

Não falta quem use esta cultura do medo para capitalizar e faturar em cima das pessoas. Empresas de marketing se debruçam em projetos de propagandas de seguros, carros, medicamentos, bancos, , e exploram o medo para provocar alguma necessidade nas pessoas para comprarem algo, que no máximo, vai extinguí-lo só psicologicamente. É a sublimação do medo!

Existem na Bíblia 365 versículos de promessas de Deus relacionadas ao medo do ser humano. Todas estas promessas geralmente têm Deus falando: “Não temas!” Confiar nestas promessas é a Vitória absoluta contra o medo!

A maioria dos problemas da comunidade imigrante indocumentada não é imaginária. O medo se propaga com o risco que se corre em não estar munido de documentação legítima; com o perigo que se expõe à transgressão das leis que são legítimas; com a insegurança diante da possibilidade de ser abordado por uma autoridade policial; com a expectativa dolorosa de a qualquer momento sofrer uma deportação e até com a incerteza de se submeter a um processo de legalização ou à simples pressão de se permanecer sempre saudável sem jamais adoecer, etc.

É comum ver religiões, as mais diversas, usarem o medo para fazerem as pessoas se tornarem suas adeptas. Há quem use os medos da população para fazê-la tornar-se para a sua igreja ou para seu deus falso que exige uma lealdade e uma obediência coersitiva, e geralmente que redunde em gererosas contribuições financeiras, como prevenção celestial contra os males da vida e até de deportação, no caso da população imigrante. É a manipulação! Que segundo a Bíblia, é feitiçaria!

Por outro lado o Deus das Escrituras constrange as pessoas a serví-Lo em resposta ao Seu amor. “Ele provou Seu Amor para conosco em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores.”

Todos os seres humanos, e em especial, os filhos de Deus – os que receberam a Jesus porque creram Nele, são participantes comuns dos perigos, tentações, desafios e os medos que a caminhada oferece. Assim “também Jesus semelhantemente participou das mesmas coisas, para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão.”

Não falta mesmo quem use a pregação religiosa para aterrorizar seus seguidores usando o medo para torná-los dependentes de seu sistema religioso, enquanto que a Bíblia apresenta o Deus Verdadeiro, como a Única Fonte de Refúgio contra todo o medo. De fato, o Nome do Senhor é a Torre forte que os justos para ela correm e estão seguros.

Buscamos a Deus e O obedecemos não porque temos medo, mas porque O tememos, somente a Ele. Buscamos a Deus e O servimos porque Ele nos amou primeiro. Contribuimos financeiramente para o avanço de Sua obra, com alegria, nunca constrangidos, e ofertamos pela fé com um coração agradecido, porque Aquele que não poupou Seu próprio Filho merece tudo o que somos e tudo o que temos.

Como Ministros do Evangelho somos vocacionados para pregar a Verdade que liberta do pecado, da escravidão, da morte, do Diabo, mas nunca para amedrontar o povo. Ao contrário, pregamos para confortar os corações, animar os desalentados e encorajar as mãos cansadas e os joelhos trôpegos.

É na contramão destas culturas falsas que se propagam em nosso meio que as seguintes palavras do Espírito Santo podem trazer grande libertação para muitos: “Seja a vossa vida isenta de ganância, contentando-vos com o que tendes; porque Ele mesmo disse: Não te deixarei, nem te desampararei. De modo que com plena confiança digamos: O Senhor é Quem me ajuda, não temerei; que me pode fazer o homem?

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