08 outubro 2008

Quando Deus terá a Sua Igreja? (João 15)

Quando Deus terá a Sua Igreja? (João 15)
Bill Nicoson

Em algumas partes do mundo a igreja está em crise. Nos Estados Unidos, eu creio que a Igreja sofre de uma crise de identidade. Não somente nos Estados Unidos, mas em outras naçðes industrializadas reconhecemos que a Igreja está perdendo a batalha pelas almas das pessoas.

O número em média de membros de uma igreja, nos Estados Unidos, é de 75 pessoas. Estas igrejas resistem às mudanças, porque elas permaneceram focadas nelas mesmas e direcionadas ao consumismo. Elas estão mesmo é voltadas para sua manutenção, seus cuidados, suas regalias, seu patriarcalismo, controle e informação.

Muitos ficam mais aborrecidos em não anunciar o aniversário de alguém do púlpito do que ESTAREM PRESTES A CONQUISTAR OS PERDIDOS PARA JESUS. Seus desejos são por sobrevivência, conforto e conseguirem algo para as criancas e jovens.

Eu creio que isto tem acontecido porque a igreja caiu na onda de consumismo. O Guiness uma vez disse que “se você janta com o diabo, melhor usar uma colher grande.” O que ele diz é que a Igreja tem tentado se acomodar à cultura de modo a transformá-la.

Na América existem igrejas em todo lugar, mas o consumismo tem afetado a igreja desse jeito. Se as pessoas não gostam do pastor ou do que a igreja oferece ou nao oferece, elas simplesmente sairão e irão para outra igreja.

Adoração e música tornaram-se um CAMPO de batalha que tem deixado marcas trágicas na igreja. Eu também acredito que isto é resultado da influência da cultura.

No livro de Bellah “Hábitos do Coração”, ele descreve uma jovem mulher chamada Sheila. Ela realmente respondeu a questão sobre o significado da vida. Está nela mesma. Ela diz que todas as respostas estão nela mesma. Seu conforto, sua paz mental, sua vida é... ELA. Ela encontrou-se a si mesma. Até mesmo a maioria dos membros de igreja não diriam que agem desse jeito. Se eles não gostam dos novos estilos de adoração ou liderança, eles lutarão até o fim pelo controle da igreja ou sairão dela.

O resultado final desta batalha espiritual é que a igreja tem sido tão mal direcionada para longe de seu chamado que tornou-se irreconhecível.

A Igreja tem também se empaturrado de modelos. Existem os modelos de igrejas com propósitos, modelos de discipulado, modelos de igrejas emergentes, modelos G12, modelos de igreja missionária, etc. Cada igreja anda a procura por algo que lhes dara complemento. Qual é o resultado? A consequência? Pastores esgotados, líderes frustrados, e um público não responsivo que continua buscando a pílula mágica para auto-cura.

Nós temos cada vez mais seminários, conferências, web-seminários, eventos de treinamento, contudo a igreja parece estar mais fraca, e mais determinada mais do que nunca em não mudar.

Eu frequentemente procuro saber como nós estamos em relação às sete igrejas que João disse que suas velas estariam apagadas se fossem levadas pela cultura local.

Nós temos tolerado até o ponto em que a paz (não a Paz que Jesus pregou) deve ser mantida a todo custo. Depois de toda tolerância está a virtude daqueles que nao acreditam em nada.

Então aonde tudo isto nos deixa? Esta é a Igreja que Jesus deixou aqui? Estamos em ruína total? Penso que não.

Na verdade eu creio que o Avivamento está apenas no horizonte. Antes que venha o Avivamento, devemos estar prontos. Como João, o Batista, preparou o caminho para o Senhor do mesmo modo a Igreja deve preparar-se para o retorno de Cristo.

Para mim, a pergunta: Quando Deus terá Sua igreja? Quando a Noiva descobrirá quem ela é e qual é seu propósito?

De acordo com Joao 15 a Igreja deve ser frutífera e saudável. Então como nos nos preparamos para o noivo vir e tomar sua noiva? Eu creio que isso começa com uma igreja saudável. Uma igreja saudável é uma comunidade cristocêntrica de crentes vivendo vidas transformadas (pela Pregação da Palavra de Deus) e fazer novos discípulos.

Eis algumas características dessas comunidades:

1. Elas são definidas pelo amor de uns pelos outros e pelo mundo.

2. Elas sao definidas pela vivência encarnacional e transformacional. Elas estão colocando a ‘carne’ em Jesus em suas vidas diárias.

3. Elas são definidas por ser proféticas. Elas estão mantendo suas prescrições e proclamando os pecados da cultura.

4. Elas são definidas por reproduzirem a si mesmas. Pelo menos, irão liderar outros a Cristo e implantar novas igrejas.

5. Elas estarão constantemente identificando novos homens e mulheres jovens para o ministério e desenvolvendo neles futuros ministros e líderes.

6. A igreja deveria sempre mudar. A mensagem sempre permanece a mesma, mas a igreja tornar-se-á diferente daqui a 12 meses para que permaneça corrente e relevante na cultura. Esta adaptabilidade radical será caracterizada como uma Igreja Apostólica.

Isto me leva ao tópico seguinte, sobre a Igreja Apostólica. Estas igrejas vão “ALÉM DA CAIXA”, pensantes. Não apenas estão fora da caixa. Elas apoiam a mudança, produtividade e a missiologia APAIXONANTE.

NÃO HÁ MODELO. ESTÁ DEFINIDA POR como cada igreja trabalhar para servir sua comunidade. Duas congregações não se parecem. Embora elas possam ter algumas similaridades.

O DNA delas está intrinseco somente nelas. Os desejos sao caracterizados pelas culturas cruzadas, ao transformar cidades, e treinar missionários.

Elas são apaixonadas pela prática de disciplinas espirituais. Elas querem expandir a missão e sobreviver ao preconceito.

Elas querem a comunidade antiga, mas com tecnologias modernas.

Assim sendo elas podem reproduzir-se mais rapidamente.

Elas estão ansiosas em compartilhar com outras igrejas que tem paixões similares.

Elas têm coragem radical. Elas não são definidas por líderes carismáticos, mas são definidas pela paixão e autenticidade no Amor pela busca de Jesus a todo custo.

A liderança para qual Deus está nos chamando a fim de liderar a Igreja Apostólica não é o tipo de liderança que vem de um gerente ou modelo de executivo de uma empresa. Não é o carisma de uma pessoa que faz um pastor ou líder.

Jesus nos chama em I João 4:17: “Neste mundo nós somos como Jesus”.

Nós somos chamados para liderar. Todos, que são liderados pelo Senhor Jesus, são chamados para liderar.

Quando Deus terá Sua Igreja de volta?

Deixe-me concluir com alguns pensamentos sobre Jesus, Nosso Salvador e Lider.

Aqueles que ABSTRAEM Jesus de Sua vida, morte, e ressurreição e O transformam em um símbolo ou ícone para a visão de lideranca não tem idéia de quão radicalmente diferente a liderança de Jesus é de qualquer coisa que o mundo tem a oferecer.

Se nós examinarmos o ministério no mundo, como gravado nos Evangelhos, e se estudarmos o ministério da ressurreição do Senhor Jesus, como esta apresentado em Atos e no restante do Novo Testamento, encontraremos um Lider que não é como nenhum outro.

Tudo sobre a liderança de Jesus é única e não pode ser copiada pelo mundo.

Aqueles que usam Jesus como uma figura mestra para idéias sobre liderança e aqueles que alegam ter encontrado em Jesus princípios de liderança que dizem respeito ao mundo estão ambas erradas.

Lideranca no nome de Jesus é diferente de qualquer outro tipo de liderança no mundo. Nada que o mundo tem a oferecer chega perto. Jesus vira tudo de cabeça para baixo, ao avesso e nada sai do mesmo jeito.

Um dos livros sobre Liderança mais vendidos nos Estados Unidos é de autoria de um Cristão, um Presbítéro em uma Igreja Presbiteriana. Ele escreveu 500 páginas sobre administração, gerenciamento, motivação, mentoria, formação de equipe, e comunicações, e nem sequer uma palavra sobre Jesus.

Se Jesus é o maior Líder que já viveu, por que um Cristão que alega seguir Jesus nem sequer mencionaria Seu Nome em seu trabalho definitivo sobre liderança?

Eugene Peterson, pastor e autor, fala dos pastores sendo desnecessários de três modos. E eu penso que sua abordagem está correta.

A) “Nós não somos necessários ao que a cultura presume que é importante: os padrões de bondade e simpatia. A Cultura tém uma razoável alta consideração por pastores como guardas da ordem moral. Somos vistos como pessoas que fornecem uma formação de estabilidade social, que são úteis em tempos de crise e servem como símbolos de significado e propósito. Mas não somos necessarios em nemhum destes meios.”

B) “Também não somos necessários naquilo que nós sentimos que é essencial: como o responsável por manter uma congregação unida. Alguns de nós temos sido criados com a idéia de que ser pastor é ser o ápice do ministério – nos mantemos na mais alta posição na hierarquia daqueles que servem em nome de Jesus. Na verdade, nós levamos isso muito a sério. Porém não somos úteis nestes meios de auto importância.”

C) “E nós não somos úteis ao que congregações insistem que devemos fazer e ser: como os especialistas que os ajudam a ficar a frente da competição e fornecer uma alternativa aos caminhos do mundo. Elas querem pastores para liderar. Elas querem pastores do mesmo modo que os israelitas queriam um rei – para fazer afronta aos filisteus. As congregações conseguem as idéias de como formar um pastor a partir da cultura, não das Escrituras: elas querem um vencedor; elas querem que suas necessidades sejam satisfeitas; elas querem ser parte de algo vibrante e glamoroso.”

Então, para concluir, o que Jesus nos diz em João 15: “ Sem mim, nada podeis fazer.” É tudo sobre Jesus.

Liderança é o que Deus faz de nós e não o que nós fazemos de nós mesmos.

PARA LIDERAR É NECESSÁRIO SER LIDERADO.

É ser dominado pelo Mestre. Qualquer forma de liderança independente do objetivo principal do Espirito Santo é desqualificada imediata e completamente.

Liderança, no nome de Jesus, significa que nós seguimos Jesus em tudo que fazemos.

A diferença entre o melhor do que o mundo tem a oferecer da liderança dominada pelo Espirito é tão grande que cristãos que olham para o mundo para descobrir os “segredos” da liderança verdadeira estão indo na direção errada.

Nós devemos olhar para Jesus.

Quando Deus terá Sua Igreja de volta? Quando nós, como ministros e lideres, O procuramos e somente a Ele para ser nosso Professor Mestre.

Quando colocamos outros acima de nós mesmos.

Quando, serví-Lo, é a única coisa em nossas mentes e corações.

A igreja será grande quando nós ficarmos bem pequenos.


Traduzido por Edivan Salum
Revisado por Josimar Salum
Bill Nicoson é Diretor Executivo da CCN – Cornerstone Church Network - www.ccnetonline.org

Um comentário:

Anônimo disse...

Aqui no sertão do Ceará, falta obreiros e a necessidade é grande e o sonho de consumo de Bacharel de Teológia é ter uma Igreja grande na capital, onde eles não tiveram nem esforço e estamos a mais de 18 anos servindo aqui nos interios do Nordeste e hoje em Baturité -Ceará.
Ninguém quer pescar e comer do peixe, mas viver do peixe do outro pescador.
Vergonha.
Pr.missionário R. Scofield e Valéria