29 maio 2010

Democratas e republicanos. Uní-vos.

Josimar Salum

Comentário sobre artigo de Eduardo de Oliveira: Senadores de Massachusetts aprovam duras medidas de imigração

http://oglobo.globo.com/blogs/brasilcomz/

http://oglobo.globo.com/blogs/brasilcomz/posts/2010/05/29/senadores-de-mass-aprovam-duras-medidas-de-imigracao-295724.asp


Está claro agora! A questão de não apoio à causa dos imigrantes vai além dos quintais republicanos. Inclue às áreas de serviço dos democratas e seus gabinetes mal iluminados.



Os quintais da fronteira com o México e as áreas de serviço dos folgados gabinetes e escritórios das cidades urbanas, distantes da fronteira, estão cada vez mais próximos, e seus habitantes se encontram em qualquer hora dia, preferencialmente, entretanto, na calada da noite, para perverter a causa dos necessitados por conta da caça aos votos dos americanos.

E as lideranças comunitárias brasileiras vão aprender à duras penas que nem políticos republicanos nem políticos democratas podem honestamente resolver seus problemas.

E o nobre amigo Eduardo Oliveira, autor do artigo, não pode deixar sua preferência pelos democratas “enclaudecer (neologismo que significa obscurecer com uma nuvem de falta de palavras) esta ação covarde destes democratas no Senado Estadual de Massachusetts transvestidos de republicanos.

Outro fato, agora confirmado por todos, apesar de que muitos ainda preferem à ilusão da fantasia do que os fatos...

Nosso Governador e nosso Presidente, que foram apoiados pela maioria das lideranças comunitárias brasileiras, não desejam e não vão apoiar a causa imigrante às custas de perderem a eleição de seus representantes no Estado e no Congresso.



Nem republicanos! Sim, destes já temos conhecimento porque nunca negaram suas posições. Covardia não é somente omissão diante de uma injustiça.

Covardia do ponto de vista do imigrante é passar à largo do ferido e continuar seu caminho sem lhe extender ajuda, podendo fazê-lo.

Eduardo, meu amigo, e todos os outros amigos da Imprensa, líderes comunitários, ativistas e radialistas: uní-vos!

Porque as vozes das câmaras da injustiça aumentam e invadem todo o país bravejando contra “os ilegais”, “os invasores”, os “fora-da-lei”, os “deportáveis”. Como se a palavra deportável aplicada ao ser humano (imigrante) tivesse o mesmo significado que “descartável” tem para os copos de felpo dos Dunkin-Donuts e as toalhinhas de papel dos restaurantes.

Uní-vos para dizer a verdade!

A verdade de que a grande maioria dos políticos republicanos e democratas igualmente fazem coro com as vozes da injustiça para perseguirem e prejudicarem o imigrante.

Aqueles são covardes, ignorantes e cegos. Não querem ver que a mesma caneta que assina uma lei de perseguição ao imigrante, que o criminaliza indiscriminadamente, é a mesma caneta que pode ser usada para assinar uma lei de anistia. É só querer! Que custe o que lhes custarem!





A verdade é! A anistia que defendemos não é anistia a crimes, ao tráfico de drogas, ao furto, aos atos terroristas, à traição ao país, às atividades ilegais criminosas.

É Anistia a favor daqueles que ousaram cruzar as fronteiras deste país para trabalhar dignamente, sustentar suas famílias e dar uma educação melhor aos seus filhos.

Anistia a favor daqueles que entraram pelas brechas das cercas porque as portas nunca estiveram abertas com leis de imigração justas, realistas e honestas.

A realidade é que ser humano com fome, com sonhos, com vontade de crescer, arromba cerca, cruza rios, enfrenta qualquer coisa para progredir. Se se lhe negam o direito de ir e vir.

Esta é a história das civilizações. O português cruzou mares, o espanhol igualmente, os ingleses colonizaram a América, os americanos trouxeram chineses, europeus para trabalharem no país e na barbárie, como muitas outras nações, forçaram a imigração de muitos, como quando nas horas mais escuras da história humana escravizaram africanos e os trouxeram a força para trabalharem em suas terras.



A diferença entre uns (os que se dizem naturais da terra hoje) e outros (os que vêm ocupar a terra) está na dignidade e na Justiça de como fazem as coisas.

Os imigrantes? Como vivem e estabelecem-se aonde chegam. E porque escolhem para si a terra distante.

Quem pode impedir? Quanto as leis de um país a Justiça sobrepuja a todas e pela Justiça, segundo a Justiça, todas as nações da terra se estabeleceram.

A América não foi construída pelos americanos para os americanos. A América foi construída por todos aqueles que se tornaram americanos, os que chegaram e seus descendentes, e os que chegam ainda.

Estes últimos têm o mesmo direito de se tornarem americanos porque aqui chegaram e decidiram aqui viver, seus filhos nasceram aqui, seus amigos estão entre os da terra.

A América é o que é hoje para todos os seres humanos que habitam nesta Terra.



Anistia! Como tenho saudades de ouvir contarem de uma anistia que um Presidente por sobrenome Reagan patrocinou e aprovou no Congresso! E já faz muito tempo!

Precisamos de homens e mulheres que se levantem pela causa dos imigrantes não somente com palavras e promessas, mas com atitudes, a qualquer hora do dia.

Precisamos de homens e mulheres. Seja nos quintais ou seja nas áreas de serviço. Sim, nestes quintais que são capinados e nestas áreas de serviço que são higienizadas todos os dias com e pelo sangue de imigrantes ou descendentes deles.

É o mesmo sangue que circula nas veias de todos, dos que se dizem naturais, e dos que se tornaram estrangeiros.

Sangue que circula e leva vida aos seus corpos, porque Deus dá a todos a respiração. Sem distinção! Ninguém consome mais oxigênio que o outro. Deveríamos olhar um para outro e considerarmos o que verdadeiramente somos: iguais!

Somos iguais, porque somos humanos, embora falemos línguas diferentes, a cor de nossas peles seja diferente e tenhamos nascidos nos lugares mais distantes da terra. Distância só existe nos corações.

É mesmo! Quando o coração parar de bater e os olhos fecharem, iremos todos para o mesmo lugar. E sem mais nenhuma discussão, finalmente seremos todos iguais.

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