Dia dos
Namorados, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia da Criança. Por que todo o
sentimento tem de virar comércio?
De fato, esses dias de
comemorações especiais de pessoas especiais em nossas vidas estão longe de
simplesmente terem sido originados simplesmente na base do sentimento.
Ele havia se oposto ao Imperador
Romano Cláudio II no Século III que havia proibido o casamento durante as
guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes que os casados.
“Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro
- também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza).
A idéia do Dia das Mães surgiu a partir de um episódio
ocorrido na vida pessoal de Anna Jarvis, a morte da mãe em 1905. Sua mãe Ann Maria Reeves
Jarvis foi quem organizou em 1865
os Mother's
Friendship Days (dias de amizade para as
mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de
Secessão que assolou os Estados Unidos no
período. Com a morte da mãe de Anna, as amigas, muito preocupadas com seu
estado depressivo depois do fato, fizeram uma festa para eternizar o dia. Anna
quis que a celebração fosse estendida a todas as mães.
Evoca-se como origem do Dia dos Pais a Babilônia, onde, há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em
argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.
Entretanto, a institucionalização
dessa data é bem mais recente. Em 1909, nos Estados Unidos, Sonora Luise resolveu
criar um dia dedicado aos pais, motivada pela admiração que sentia pelo seu
pai, William Jackson Smart.
A data foi criada no Brasil por
Roberto Marinho que a programou com o objetivo de incentivar as vendas do
comércio e, por conseguinte, o faturamento de seu jornal, “O Globo”.
No ano de 1924, o deputado federal Galdino do
Valle Filho teve a ideia de
"criar" o Dia das Crianças.
Os deputados aprovaram e o
dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da
Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.
Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a
Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e
aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada.
A estratégia deu certo, pois desde
então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes.
Logo depois, outras empresas
decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas.
Nas sociedades ocidentais o negócio, o
empreendimento, as oportunidades para comércio, o “marketing” que fazem estas
datas realçarem sempre com um apelo forte para que todos deem presentes, mas
muito presentes, e os comprem gastando bilhões de dólares, espiritualmente
apelam para os anseios da natureza humana, legítimos ou não, influenciados ou
não, que respondem “à cobiça da carne,
à cobiça dos olhos e a ostentação dos bens”. (I João 2:16 NVI)
A Igreja Cristã Ocidental praticamente em
todas as suas ramificações é influenciada pela Cultura na qual está inserida e
participa de todas estas datas através de comemorações, de reuniões de culto,
explorando o apelo que as propagandas e a euforia causam para atrair as pessoas
aos seus templos com programações especiais.
E os Ministérios, as empresas Gospel, como
Livrarias, Gravadoras, enfim, todos os negócios evangélicos aproveitam e muito
bem todas essas datas como todo o restante do comércio do País para aumentarem
suas vendas e faturamentos.
As origens dessas datas comemorativas são
ignoradas pela vasta maioria, mesmo porque o que importa não é as suas origens,
mas a razão ou o objetivo dessas comemorações.
Quem é que não gosta de homenagear e
presentear, ou quem é que não gosta de ser homenageado ou receber presentes,
seja o namorado ou a namorada, seja pai, mãe ou criança?
Essas comemorações estão diretamente
relacionadas hoje às áreas de influência da Sociedade: aos Negócios; às Artes e
Entretenimento, à Família, à Mídia, à Religião e de certa forma à Educação. Os
Governos tem também muito interesse pelo grande arrecadamento de impostos. É
muito difícil ficar alheio a expressões da Cultura tão abrangentes!
Será que Jesus participaria destas
comemorações?
“A que posso comparar esta
geração?
São como crianças que ficam sentadas nas
praças e gritam umas às outras:
‘Nós lhes tocamos flauta, mas vocês não
dançaram; cantamos um lamento, mas vocês não se entristeceram’.
Pois veio João, que jejua e não bebe
vinho, e dizem: ‘Ele tem demônio’.
Veio o Filho do homem comendo e bebendo,
e dizem: ‘Aí está um comilão e beberrão, amigo de publicanos e “pecadores”’.
“Mas a sabedoria é comprovada pelas
obras que a acompanham”. Mateus 11:16-19
O que faz a festa ser verdadeira é o
nosso sentimento!
O namorado e a namorada que se amam de
Verdade, pois respeitam um ao outro e observam a Palavra de Deus para
purificarem os seus caminhos. Não há nada mais gostoso e agradável nessa fase
jovem e mesmo entre adultos o romance de um homem e uma mulher. São momentos
que se eternizam no coração da gente. E dar e receber um presente, um torpedo,
uma mensagem pelo Facebook, um Tweet, um email, e para até quem acredita ainda
em serenata, tudo é muito bom!
O filho e a filha que honram seu pai e
sua mãe, com respeito, obediência e amor durante todo o ano, fazem melhor as
comemorações e as homenagens. As escolas, as igrejas, os almoços em família, as
viagens para visitar os pais que vivem longe enfeitam a vida moderna em países
capitalistas. Uma vez mais, o que vale é a honra, o respeito, a alegria de
poder abraçar os pais.
E as crianças; filhos, netos sendo
educados no caminho em que devem andar. Mesmo aqueles que são filhos de pais
separados, ou órfãos, sendo amados de verdade pelos que estão ao seu redor,
livres de imposições de leis e regras que caricaturam Deus como um ser iracundo
e de mal com a vida, assim sendo expostos à Graça e ao Amor de Deus - de Jesus,
geram nelas uma disciplina saudável para quem está crescendo e envelhecendo com
memórias tão marcantes.
Eu gosto de dar presentes, especialmente
para as crianças; sim aqueles presentes que elas gostam de receber, só para
contemplar seu sorriso, e é claro, receber um beijo e um abraço em troca.
E a gente vira o que é comércio para tudo
que é sentimento de gente que ama e sabe ser feliz. Sem fanatismos. Sem peso na
consciência. Porque a Graça de nosso Deus é melhor que a Vida.
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