12 junho 2013

Datas Comemorativas: Por que todo o sentimento tem de virar comércio?

Dia dos Namorados, Dia das Mães, Dia dos Pais, Dia da Criança. Por que todo o sentimento tem de virar comércio?

Não tem, mas vira.

De fato, esses dias de comemorações especiais de pessoas especiais em nossas vidas estão longe de simplesmente terem sido originados simplesmente na base do sentimento.

Dia dos Namorados tem origem na história ou lenda do Bispo Valentim.

Ele havia se oposto ao Imperador Romano Cláudio II no Século III que havia proibido o casamento durante as guerras acreditando que os solteiros eram melhores combatentes que os casados.

“Considerado mártir pela Igreja Católica, a data de sua morte - 14 de fevereiro - também marca a véspera de lupercais, festas anuais celebradas na Roma antiga em honra de Juno (deusa da mulher e do matrimônio) e de Pan (deus da natureza).

Um dos rituais desse festival era a passeata da fertilidade,em que os sacerdotes caminhavam pela cidade batendo em todas as mulheres com correias de couro de cabra para assegurar a fecundidade.”

A idéia do Dia das Mães surgiu a partir de um episódio ocorrido na vida pessoal de Anna Jarvis, a morte da mãe em 1905. Sua mãe Ann Maria Reeves Jarvis foi quem organizou em 1865 os Mother's Friendship Days (dias de amizade para as mães) para melhorar as condições dos feridos na Guerra de Secessão que assolou os Estados Unidos no período. Com a morte da mãe de Anna, as amigas, muito preocupadas com seu estado depressivo depois do fato, fizeram uma festa para eternizar o dia. Anna quis que a celebração fosse estendida a todas as mães. 


Evoca-se como origem do Dia dos Pais a Babilônia, onde, há mais de 4 mil anos, um jovem chamado Elmesu teria moldado em argila o primeiro cartão. Desejava sorte, saúde e longa vida a seu pai.

Entretanto, a institucionalização dessa data é bem mais recente. Em 1909, nos Estados UnidosSonora Luise resolveu criar um dia dedicado aos pais, motivada pela admiração que sentia pelo seu pai, William Jackson Smart.

A data foi criada no Brasil por Roberto Marinho que a programou com o objetivo de incentivar as vendas do comércio e, por conseguinte, o faturamento de seu jornal, “O Globo”. 



No ano de 1924, o deputado federal Galdino do Valle Filho teve a ideia de "criar" o Dia das Crianças.

Os deputados aprovaram e o dia 12 de outubro foi oficializado como Dia da Criança pelo presidente Arthur Bernardes, por meio do decreto nº 4867, de 5 de novembro de 1924.

Mas somente em 1960, quando a Fábrica de Brinquedos Estrela fez uma promoção conjunta com a Johnson & Johnson para lançar a "Semana do Bebê Robusto" e aumentar suas vendas, é que a data passou a ser comemorada.

A estratégia deu certo, pois desde então o dia das Crianças é comemorado com muitos presentes.

Logo depois, outras empresas decidiram criar a Semana da Criança, para aumentar as vendas. 



Nas sociedades ocidentais o negócio, o empreendimento, as oportunidades para comércio, o “marketing” que fazem estas datas realçarem sempre com um apelo forte para que todos deem presentes, mas muito presentes, e os comprem gastando bilhões de dólares, espiritualmente apelam para os anseios da natureza humana, legítimos ou não, influenciados ou não, que respondem “à cobiça da carne, à cobiça dos olhos e a ostentação dos bens”. (I João 2:16 NVI)

A Igreja Cristã Ocidental praticamente em todas as suas ramificações é influenciada pela Cultura na qual está inserida e participa de todas estas datas através de comemorações, de reuniões de culto, explorando o apelo que as propagandas e a euforia causam para atrair as pessoas aos seus templos com programações especiais.

E os Ministérios, as empresas Gospel, como Livrarias, Gravadoras, enfim, todos os negócios evangélicos aproveitam e muito bem todas essas datas como todo o restante do comércio do País para aumentarem suas vendas e faturamentos.

As origens dessas datas comemorativas são ignoradas pela vasta maioria, mesmo porque o que importa não é as suas origens, mas a razão ou o objetivo dessas comemorações.

Quem é que não gosta de homenagear e presentear, ou quem é que não gosta de ser homenageado ou receber presentes, seja o namorado ou a namorada, seja pai, mãe ou criança?

Essas comemorações estão diretamente relacionadas hoje às áreas de influência da Sociedade: aos Negócios; às Artes e Entretenimento, à Família, à Mídia, à Religião e de certa forma à Educação. Os Governos tem também muito interesse pelo grande arrecadamento de impostos. É muito difícil ficar alheio a expressões da Cultura tão abrangentes!

Será que Jesus participaria destas comemorações?

 “A que posso comparar esta geração?

São como crianças que ficam sentadas nas praças e gritam umas às outras:

‘Nós lhes tocamos flauta, mas vocês não dançaram; cantamos um lamento, mas vocês não se entristeceram’.

Pois veio João, que jejua e não bebe vinho, e dizem: ‘Ele tem demônio’.

Veio o Filho do homem comendo e bebendo, e dizem: ‘Aí está um comilão e beberrão, amigo de publicanos e “pecadores”’.

“Mas a sabedoria é comprovada pelas obras que a acompanham”. Mateus 11:16-19

O que faz a festa ser verdadeira é o nosso sentimento!

O namorado e a namorada que se amam de Verdade, pois respeitam um ao outro e observam a Palavra de Deus para purificarem os seus caminhos. Não há nada mais gostoso e agradável nessa fase jovem e mesmo entre adultos o romance de um homem e uma mulher. São momentos que se eternizam no coração da gente. E dar e receber um presente, um torpedo, uma mensagem pelo Facebook, um Tweet, um email, e para até quem acredita ainda em serenata, tudo é muito bom!

O filho e a filha que honram seu pai e sua mãe, com respeito, obediência e amor durante todo o ano, fazem melhor as comemorações e as homenagens. As escolas, as igrejas, os almoços em família, as viagens para visitar os pais que vivem longe enfeitam a vida moderna em países capitalistas. Uma vez mais, o que vale é a honra, o respeito, a alegria de poder abraçar os pais.

E as crianças; filhos, netos sendo educados no caminho em que devem andar. Mesmo aqueles que são filhos de pais separados, ou órfãos, sendo amados de verdade pelos que estão ao seu redor, livres de imposições de leis e regras que caricaturam Deus como um ser iracundo e de mal com a vida, assim sendo expostos à Graça e ao Amor de Deus - de Jesus, geram nelas uma disciplina saudável para quem está crescendo e envelhecendo com memórias tão marcantes.

Eu gosto de dar presentes, especialmente para as crianças; sim aqueles presentes que elas gostam de receber, só para contemplar seu sorriso, e é claro, receber um beijo e um abraço em troca.

E a gente vira o que é comércio para tudo que é sentimento de gente que ama e sabe ser feliz. Sem fanatismos. Sem peso na consciência. Porque a Graça de nosso Deus é melhor que a Vida.


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