16 janeiro 2013

Em 2013 não sejamos os mesmos de sempre.

Josimar Salum (*)

A falta de curiosidade é a tia de toda a ignorância. Somente vemos o que queremos ver. Somente vemos aquilo que estamos acostumados a ver. Não investigamos aquilo que não queremos aprender. E propositadamente nos desconectamos de tudo aquilo que não é de nosso interesse. Contudo não precisamos ser assim, não precisamos viver do mesmo modo como antes.


Se nossa curiosidade é aguçada pela sede de conhecimento vamos passar a ver e aprender coisas novas a todo momento. Se quisermos, é possível deixar de ser o que somos.

A vida tornar-se-á uma aventura, uma jornada de desbravamentos, uma caminhada de descobrimentos e um manancial de coisas novas jamais imaginadas.

A história de nossa vida é apenas a percepção seletiva de seus acontecimentos, a memória do que resolvemos conscientemente armazenar na mente e a seleção de fatos que nos marcaram, bons ou ruins, mas especialmente nem tanto aqueles que nos alegraram e nos deram prazer quanto aqueles que nos fizeram sofrer.

Podemos viver de experiências do passado que invariavelmente vão abortar qualquer aprendizado novo que poderíamos nos engajar cauterizando quem somos numa identidade de múmia ou podemos decidir desatar um processo de transformação constante em nós mesmos que sempre nos rejuvenescerá anulando os efeitos daquele tempo subjetivo, perdido.

Curar as dores das memórias do que nos fez sofrer é uma experiência libertadora.


Se envolve as pessoas é preciso perdoá-lãs.

Se envolve experiências é preciso aceitá-las.

Invariavelmente aprisionamos e conservamos cativos dentro de nós aqueles que nos traíram, feriram, agiram injustamente, magoaram, ofenderam, prejudicaram, abandonaram, se separaram de nós ou simplesmente achamos que nos tenham feito tudo isto.

Verdadeiramente quando não perdoamos imediatamente enjaulamos dentro de nós aqueles que causaram dano a nossa reputação, destruíram nossos bens e valores, nos caluniaram, desprezaram, fizeram mal ou violentaram aqueles que amamos.

O Mestre Jesus Cristo disse que devemos "amar nossos inimigos, falar bem dos que nos maldizem, orar pelos que nos perseguem, abençoar aqueles que nos amaldiçoam e perdoar." É possível!


Perdoar é soltar esta gente, é liberá-la de dentro de nós, é deixar que vá embora para fora de nós, uma a uma, até que deixemos de nutrir qualquer vontade de vingança e de almejar que algum mal lhe suceda.

Perdoar é decidir que nosso coração deixe de ser depósito de mágoa e amargura, que nossa mente deixe de ser arquivo de más lembranças e aguilhão de feridas interiores e que nosso presente agora e imediatamente deixe de ser prisioneiro do passado.

Aceitar aquilo que não podemos mudar, um acidente que não conseguimos evitar, uma tragédia que nos fez vítima, os erros que praticamos e as decisões más que tomamos, tudo aquilo que nos faz humanos é fazer da própria alma um manancial de serenidade, é aquiescer à humildade e acender a chama da resiliência própria que faz os pequenos arbustos suportarem tudo até que se tornem grandes árvores e das crianças sem esperança guerreiras contra a esperança até se tornarem grandes homens e mulheres.

Você pode desistir de correr a maratona da vida por causa da dor, do desconforto e do cansaço e assim tornar-se um perdedor frustado por toda a vida. Ou pode decidir chegar até o fim, mesmo que não chegue primeiro. O que importa é que se complete a corrida.


Como toda a dor e cansaço são passageiros você pode ignorá-los por algum tempo e insistir na corrida até que ultrapasse a linha da chegada, e não desistindo transformar-se assim num campeão da vida.

Você tem que decidir a não desistir de uma corrida e que jamais vai desistir da vida quaisquer que sejam as circunstâncias.

A vida tem que ser uma jornada constante de persistência, de ultrapassar limites, de superar desafios, de solucionar problemas ou sempre tentar resolvê-los, a convicção de que tudo o que você faz sempre vai poder fazer melhor e a certeza de não existe nada na vida que não possa ser superado, nem mesmo a morte.

Persistir é uma decisão própria e não depende de ninguém. Ultrapassar nossos próprios limites sempre já que ainda não usamos nem 5% de nosso potencial.


Nossa transformação é deflagrada quando cremos nAquele que mesmo tendo sido condenado injustamente, torturado, ferido sem medida, maltratado como um malfeitor, esquartejado, morreu crucificado entre mais de dois ladrões e criminosos, contudo, superou tudo, até o inferno e a sepultura.

Se por Jesus se perde tudo, ganha-se tudo; se renuncia tudo alcança-se tudo e se perde a vida, a ganha eternamente.

Porque Jesus ressuscitou nem mesmo a morte é o fim. Porque Ele venceu, pela fé você também pode superar qualquer situação, vencer qualquer batalha, até mesmo vencer o mundo inteiro. Porque Ele vive você pode viver. Para sempre.

(*) Josimar Salum é escritor, professor e empresário.

Publicado pela Revista Bate Papo - Editora Shirley Farber



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