21 dezembro 2015

Ano que termina. Ano que começa.


(*) Josimar Salum

Acordei hoje cantando uma canção antiga que ouvi durante a minha infância e me dei conta que o ano está chegando ao fim. Acordei como se tivesse acordado naquele dia que os anjos apareceram nos céus de Israel dizendo: “Hoje na cidade de Davi nasceu o Messias, o Salvador e Rei.” E meu coração encheu de uma paz tão grande em saber que Deus tem cuidado de mim e da minha família.

Vejo os judeus amigos envolvidos nas luzes de sua festa de oito dias em Dezembro. Para nós finda o ano; para eles apenas começou há algumas luas atrás. Você sabia que hoje existem milhares de cristãos que preferem celebrar “Hanukah” ao Natal? Sim, é tempo de festa, de luzes, é Natal, de família, de receitas culinárias típicas, de dar presentes, de músicas especiais e neste tempo contam-se regressivamente os dias, depois as horas, e no final, os minutos e até os segundos para fechar o ano e começar outro “novinho’. 

Contudo, não posso deixar de ignorar que durante este ano presenciei ao meu redor e mesmo de tão longe muitas aflições e dores. Houveram muitas alegrias e conquistas, por certo, mas comecei o ano chorando, bem em Janeiro, quando recebi uma mensagem no “Whatsapp” de Alexandre e Giovana Canhoni (www.greaterrevival.com) praticamente logo depois de terem que sair fugindo da base com seus filhos, obreiros e tantos outros na capital do Niger para escaparem com vida dos terroristas muçulmanos instigados pelo “Boko Haram” que destruíram tudo o que tinham pelo simples fato de serem seguidores de Jesus Cristo. 

Chorei em Abril pelos nepaleses quando o terremoto assolou o país e ao mesmo tempo alegrei-me em saber que amigos que são missionários (www.meninasdonepal.com) estavam lá para socorrer tanta gente e com outros que viajaram ao Nepal como o missionário Mario Freitas da MAIS (www.maisnomundo.org) e ter podido ajudar a mobilizar tantos brasileiros que contribuíram para aliviar um pouco a dor inimaginável daqueles que além de perderem tudo perderam seus entes queridos.


Chorei andando nas ruas de Antananarivo, capital do Madagascar em Agosto ao ver literalmente milhares e milhares de crianças perambulando nas ruas como se tivessem sido abandonadas mesmo que muitas delas estavam com seus pais. Chorei ao reconhecer a incapacidade de fazer alguma coisa para resolver o sofrimento desta gente linda de Deus e lembrei-me conquanto não pudesse resolver tudo, pude contribuir com a doutrina do Senhor que é livre para todos, pobres ou ricos, e me dei conta que crianças sofrendo estão seguras nos braços de Jesus.

Chorei ainda com os filhos e filhas de Burundi (país da África Central) que viram seus amigos sendo assassinados por aqueles que deveriam protegê-los, vi fotografias que jamais deveria ter visto, mas não podia ignorá-las, cenas de violência contra seres humanos tão especiais, e ter que confortar amigos e queridos, quando de fato nós somos quem éramos confortados por eles, ao falarem do cuidado de Deus e da esperança que tem no fato de que o Redentor deles vive.

Chorei pelos refugiados da Síria e do Iraque, indignei-me e chorei ao ver irmãos em Cristo serem degolados tanto lá quanto na Líbia por homens sem alma, os terroristas do ISIS e estupefato eu fiquei quando vi a mãe de um dos que partiram responder o que ela faria com aquele homem que matou seu filho: “Eu o recolheria em minha casa e lhe prepararia uma refeição.” Pois o perdoava e louvava a Deus porque o máximo que ele fez foi apressar o encontro de seu filho com Jesus.
 
Entende agora a razão pela qual meu coração encheu de gratidão quando acordei hoje? Deus cuida de nós de modos e formas diferentes. Seja em meio ao mais terrível sofrimento, seja em qualquer situação, Deus cuida, porque nossa vida passa como um vapor. Enfermidade, terror e a própria morte podem destruir nosso corpo, mas não podem destruir nenhum de nós, pois aquele que faz a Vontade de Deus permanece para sempre.

Jesus disse: “A vontade do Pai que me enviou é esta: Que nenhum de todos aqueles que me deu se perca, mas que o ressuscite no último dia. A vontade daquele que me enviou é esta: Que todo aquele que vê o Filho, e crê nele, tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia.” (João 6:39,40)

(*) Josimar Salum é escritor, Diretor da MAIS nos Estados Unidos e Presidente da Youseph & Daniel, empresa para Income Tax, Contabilidade, Abertura e Consultoria de empresas. www.yousephdaniel.com

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