POR QUE EU NÃO USO TÍTULOS COMO “PASTOR” OU “APÓSTOLO” PARA ME AUTO DESCREVER. Por Josimar Salum
Não é por rejeição a vocação ministerial, mas por convicção bíblica e temor diante de Deus. Os títulos como “pastor” ou “apóstolo” não foram instituídos nas Escrituras como formas de titulação, autoafirmação ou exaltação pessoal, mas como dons e encargos de serviço no Corpo de Cristo. Por isso, escolho ser identificado pelo fruto do ministério e pelo testemunho de vida, e não por títulos que podem ser facilmente distorcidos ou mal interpretados.
1. Jesus Nos Ensinou a Não Buscar Títulos de Honra
“Mas vós não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.”
(Mateus 23:8)
Jesus advertiu seus discípulos contra o desejo de ocupar posições de destaque por meio de títulos religiosos. Ele nos lembrou que todos somos irmãos, e que a grandeza no Reino de Deus está em servir, não em ser chamado por um nome elevado.
“O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23:11-12)
“Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” (Lucas 16:15)
2. Nenhum Homem Foi Chamado de “Pastor” na Bíblia
Embora o dom de pastorear seja mencionado como uma das funções ministeriais dadas por Cristo (Efésios 4:11), nenhum homem nas Escrituras é chamado pelo título de “Pastor” como forma de identificação pessoal.
“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (João 10:11)
“E, quando aparecer o Supremo Pastor, recebereis a incorruptível coroa de glória.” (1 Pedro 5:4)
Somente Jesus é chamado de “o Bom Pastor” e de “Supremo Pastor”. Nem Paulo, nem Pedro, nem Tiago, nem João foram chamados “Pastores”.
• A função de pastorear aparece como serviço ministerial, não como identidade social ou título hierárquico.
• Isso revela que o ministério pastoral é um dom e não um rótulo para elevação pessoal.
3. A Autoridade Verdadeira é Reconhecida, Não Imposta
“Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus.” (Romanos 1:1)
Paulo se apresenta primeiro como servo — doulos, escravo voluntário — antes mesmo de afirmar seu apostolado. Sua autoridade não estava em um título, mas na fidelidade à missão recebida de Cristo, no fruto de seu trabalho e no testemunho do Espírito e da Igreja.
“Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” (1 Coríntios 4:20)
4. Evito a Institucionalização de Dons
Os dons ministeriais — como o apostólico ou o pastoral — não conferem status, mas responsabilidade.
“A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito visando a um fim proveitoso.”(1 Coríntios 12:7)
• Não são cargos de prestígio, mas expressões do Espírito Santo para edificação da Igreja.
• Recusar-me a usar títulos é um ato consciente de preservar a simplicidade e a pureza do Evangelho, evitando a idolatria de nomes e posições.
“Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.” (Gálatas 6:3)
5. Minha Identidade Está em Ser Filho de Deus
Acima de qualquer função ou dom ministerial, sou um filho de Deus. Essa é minha identidade eterna. As funções ministeriais que exerço são apenas expressões temporais de obediência à vocação divino — jamais definições do meu valor ou posição no Reino.
“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não O conheceu a Ele.” (1 João 3:1)
“O maior entre vós será vosso servo.” (Mateus 23:11)
#ASONE
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