09 junho 2025

POR QUE EU NÃO USO TÍTULOS COMO “PASTOR” OU “APÓSTOLO” PARA ME AUTO DESCREVER. Por Josimar Salum


POR QUE EU NÃO USO TÍTULOS COMO “PASTOR” OU “APÓSTOLO” PARA ME AUTO DESCREVER. Por Josimar Salum 


Não é por rejeição a vocação ministerial, mas por convicção bíblica e temor diante de Deus. Os títulos como “pastor” ou “apóstolo” não foram instituídos nas Escrituras como formas de titulação, autoafirmação ou exaltação pessoal, mas como dons e encargos de serviço no Corpo de Cristo. Por isso, escolho ser identificado pelo fruto do ministério e pelo testemunho de vida, e não por títulos que podem ser facilmente distorcidos ou mal interpretados.


1. Jesus Nos Ensinou a Não Buscar Títulos de Honra


“Mas vós não queirais ser chamados Rabi, porque um só é o vosso Mestre, a saber, o Cristo, e todos vós sois irmãos.”

(Mateus 23:8)


Jesus advertiu seus discípulos contra o desejo de ocupar posições de destaque por meio de títulos religiosos. Ele nos lembrou que todos somos irmãos, e que a grandeza no Reino de Deus está em servir, não em ser chamado por um nome elevado.


“O maior dentre vós será vosso servo. E o que a si mesmo se exaltar será humilhado; e o que a si mesmo se humilhar será exaltado.” (Mateus 23:11-12)


“Vós sois os que vos justificais a vós mesmos diante dos homens, mas Deus conhece os vossos corações; porque o que entre os homens é elevado, perante Deus é abominação.” (Lucas 16:15)


2. Nenhum Homem Foi Chamado de “Pastor” na Bíblia


Embora o dom de pastorear seja mencionado como uma das funções ministeriais dadas por Cristo (Efésios 4:11), nenhum homem nas Escrituras é chamado pelo título de “Pastor” como forma de identificação pessoal.


“Eu sou o bom Pastor; o bom Pastor dá a sua vida pelas ovelhas.” (João 10:11)


“E, quando aparecer o Supremo Pastor, recebereis a incorruptível coroa de glória.” (1 Pedro 5:4)


Somente Jesus é chamado de “o Bom Pastor” e de “Supremo Pastor”. Nem Paulo, nem Pedro, nem Tiago, nem João foram chamados “Pastores”.


A função de pastorear aparece como serviço ministerialnão como identidade social ou título hierárquico.


Isso revela que o ministério pastoral é um dom e não um rótulo para elevação pessoal.


3. A Autoridade Verdadeira é Reconhecida, Não Imposta


“Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus.” (Romanos 1:1)


Paulo se apresenta primeiro como servo — doulos, escravo voluntário — antes mesmo de afirmar seu apostolado. Sua autoridade não estava em um título, mas na fidelidade à missão recebida de Cristo, no fruto de seu trabalho e no testemunho do Espírito e da Igreja.


“Porque o reino de Deus não consiste em palavras, mas em poder.” (1 Coríntios 4:20)


4. Evito a Institucionalização de Dons


Os dons ministeriais — como o apostólico ou o pastoral — não conferem status, mas responsabilidade.


“A cada um, porém, é dada a manifestação do Espírito visando a um fim proveitoso.”(1 Coríntios 12:7)


Não são cargos de prestígio, mas expressões do Espírito Santo para edificação da Igreja.


Recusar-me a usar títulos é um ato consciente de preservar a simplicidade e a pureza do Evangelho, evitando a idolatria de nomes e posições.


“Porque, se alguém cuida ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo.” (Gálatas 6:3)


5. Minha Identidade Está em Ser Filho de Deus


Acima de qualquer função ou dom ministerial, sou um filho de Deus. Essa é minha identidade eterna. As funções ministeriais que exerço são apenas expressões temporais de obediência à vocação divino — jamais definições do meu valor ou posição no Reino.


“Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai: que fôssemos chamados filhos de Deus. Por isso o mundo não nos conhece; porque não O conheceu a Ele.” (1 João 3:1)


“O maior entre vós será vosso servo.” (Mateus 23:11)


#ASONE

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